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Defesa quer apurar arrombamento em obra
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Marco Polo Levorin, um dos defensores de
Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Trotta Jatobá, afirmou ontem que anexará na defesa do casal uma reportagem
de ontem da Folha, em que um
pedreiro afirma que foi arrombado o portão de um sobrado
em obras nos fundos do prédio
onde Isabella foi morta.
A reportagem traz o depoimento do pedreiro Gabriel
Santos Neto, 46, que disse ter
encontrado o portão arrombado no domingo, após a morte
de Isabella. "Cheguei no domingo e disse: "Entrou ladrão
aqui". O portão estava arrombado, mas não levaram nada.
Tinha muito azulejo, mas não
levaram. Nem meu radinho."
Ontem, a Polícia Civil intimou e ouviu o pedreiro. Ele foi
levado num carro da polícia e
carregado pelos policiais pela
porta principal do 9º DP (Carandiru). O pedreiro chegou a
levar uma gravata em meio à
confusão dos repórteres que
tentavam ouvi-lo.
Como o inquérito corre sob
sigilo, o teor do depoimento
não foi revelado. Na saída, Santos Neto disse aos jornalistas
que não sabe de nada.
O advogado do casal disse
ainda que, além de anexar a reportagem ao processo, exigirá
da polícia uma investigação
mais rigorosa sobre as circunstância desse arrombamento.
Ele quer também que a enfermeira Christiane Brito, vizinha da construção, seja ouvida
pela Polícia Civil. Na mesma
reportagem da Folha, ela afirmou ter ouvido um barulho e
conversas na construção cerca
de uma hora depois de a menina ter sido jogada pela janela
do apartamento.
O tenente Fernando Neves
Brás, que comandou a operação de cerco ao prédio na noite
da morte de Isabella, disse não
saber se algum policial entrou
no sobrado. "Mas cercamos todo o quarteirão. Se alguém estivesse no sobrado, a gente teria
visto quando saísse." O cerco
durou da 0h às 4h, segundo ele.
(RP e AC)
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