|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Polícia espanhola apura morte de brasileira
Giselle Rocha de Lima, 27, morreu na segunda-feira ao cair de varanda do seu apartamento; ela estava na Espanha havia sete anos
A polícia deteve o espanhol Jordí Godía, com quem
Giselle vivia, mas ele nega o crime; testemunhas relatam
discussão entre os dois
BRENO COSTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A polícia espanhola investiga
a morte da brasileira Giselle
Rocha de Lima, 27, que caiu na
noite de segunda-feira da varanda de um apartamento em
Fraga, a 190 km de Barcelona.
Uma das hipóteses é que ela tenha sido assassinada pelo namorado, o espanhol Jordí Godía, 28, após uma discussão.
Godía morava com ela.
O namorado foi preso pela
Guarda Civil espanhola logo
após a queda da brasileira.
À polícia ele negou o crime.
Segundo a mãe de Giselle, a técnica em enfermagem Carlinda
Rocha de Lima, 47, a relação
entre o casal era "tensa" e "conflituosa". A hipótese de acidente também está sendo investigada pelos policiais.
Até a tarde de ontem, Godía
continuava preso para "averiguações" em Fraga, segundo a
polícia. A Justiça espanhola decidiria pela prorrogação da prisão do espanhol ainda ontem,
informou a Guarda Civil. Até o
fechamento desta edição, não
havia confirmação da decisão.
Giselle era rondoniense e vivia na Espanha havia sete anos
-morou primeiro em Barcelona e, há um ano e meio, foi para
Fraga. Ela não trabalhava.
A mãe da brasileira chegou
ontem a Barcelona, onde mora
a irmã. Elas iriam hoje para Lérida (34 km de Fraga), para liberar o corpo de Giselle e providenciar o traslado para o Brasil.
Carlinda disse que falou com
o casal há dez dias. Eles se preparavam para vir ao Brasil pela
primeira vez desde que Giselle
viajou para a Europa. "Deus
queira que o Jordí não tenha
matado minha filha. Ele era tão
bom para ela", disse. Apesar
disso, ela afirmou acreditar na
responsabilidade do espanhol.
Segundo a mãe, Giselle registrou pelo menos uma queixa na
polícia por agressão. A Folha
não conseguiu confirmar essa
informação. Há cerca de três
meses, diz Carlinda, sua filha
passou a noite em um albergue
depois de fugir do espanhol.
A polícia espanhola disse que
testemunhas ouviram uma discussão entre os dois antes de
Giselle cair da varanda, segundo a imprensa local. A mesma
informação foi dada à Folha
pela tia de Giselle, Celma Gomes, 45, a quem a polícia informou a morte da brasileira.
O cônsul-geral do Brasil em
Barcelona, Marco Cesar Meira
Naslausky, disse ter procurado
a polícia de Fraga ao saber da
morte de Giselle, mas não obteve informações porque o caso
está sob segredo de Justiça.
O consulado afirmou que
prestará "toda a assistência que
se fizer necessária" à família.
Segundo Carlinda, a filha,
natural de Ji-Paraná, foi para a
Espanha em 2001 para procurar emprego. Giselle deixou um
casal de filhos, de cinco e oito
anos, que moram com a avó.
Texto Anterior: Há 50 Anos Próximo Texto: 13 policiais civis de Mogi são acusados de cobrar propina Índice
|