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Ostra volta a ser liberada em SC após suspensão
Maré vermelha foi a causa de proibição da venda
DA AGÊNCIA FOLHA
A comercialização e a colheita de ostras voltaram a ser liberadas ontem na região de Florianópolis (SC), após uma suspensão de três dias. A venda do
produto havia sido proibida por
causa do fenômeno da maré
vermelha, que ocorre com o aumento de algas tóxicas no mar.
Até sábado, ao menos 12 pessoas haviam sido contaminadas
na região por toxinas presentes
nos mariscos. A venda desses
produtos, no entanto, continua
suspensa. Segundo a Seap (Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca) da Presidência da
República, a liberação deve
ocorrer nos próximos dias.
Segundo João Guzenski,
coordenador de um projeto de
maricultura da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e
Extensão Rural), do governo de
Santa Catarina, os mariscos sofrem os efeitos do fenômeno
por mais tempo, o que acabou
prolongando a suspensão das
vendas. A quantidade de substâncias que os mariscos retêm
no mar é maior que a das ostras.
Santa Catarina, de acordo
com o governo federal, é responsável por 97% da produção
de ostras do país, o que movimenta R$ 12 milhões ao ano.
A maré vermelha não muda a
coloração do mar, ocorre em
todo o mundo e já foi detectada
em pelo menos outros seis Estados -Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo,
Bahia e Pernambuco.
Segundo a Seap, a suspensão
é corriqueira e evidencia um
controle sobre a produção.
Para Felipe Suplicy, coordenador de maricultura da Seap,
os produtores preferem interromper a colheita a danificar a
imagem a longo prazo.
O consumo do produto contaminado por toxinas provoca
náusea e diarréia. Em 2007,
mais de cem pessoas foram intoxicadas em Santa Catarina.
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