São Paulo, domingo, 11 de abril de 2010

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Grupos de arquitetos são convidados a criar projeto de Nova York flutuante

DE NOVA YORK

Enquanto o Rio é castigado pelos alagamentos, Nova York, nos EUA, tenta planejar à frente: e se, por conta do aquecimento global, o nível do mar subir a ponto de os rios em torno de Manhattan deixarem a ilha submersa?
Para pensar em soluções preventivas, o MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York) convidou cinco times de arquitetos, engenheiros e designers para criar uma cidade imaginária, que resistiria a tempestades severas, à subida da água ou a ondas gigantes, com base em cinco áreas diferentes de Nova York e seus arredores.
As ideias vão de uma espécie de cercado de grama esponjosa, para absorver a água antes de ela atingir os prédios, à construção de uma Veneza adaptada aos novos tempos, com ilhas fabricadas. A proposta era que os convidados apresentassem saídas realistas, cujo impacto pudesse ser sentido pelos moradores, de acordo com o museu.
Se não parece muito realista a Manhattan envolta por grama imaginada pelos escritórios Architecture Research Office e dlandstudio, sua proposta para as ruas da cidade se baseia em antiga sabedoria: concebidas como "espaço natural", elas são porosas, pavimentadas com uma mistura de concreto, plantas resistentes ao sal e terra, para absorver também a água da chuva, como uma esponja gigante.
O projeto do nArchitects, intitulado "Nova Cidade Aquosa", é um tanto mais radical. Desenhada para "controlar e absorver" a subida do nível do mar mesmo com crescimentos populacionais, a cidade borra os limites entre terra e água, com prédios suspensos e píeres habitáveis.
Com a exposição, chamada "Rising Currents" (correntes em ascensão), o MoMA inaugura a série "Questões da Arquitetura Contemporânea", com a qual o museu pretende "despertar o diálogo do público sobre problemas atuais". A mostra vai até 11 de outubro.
(CRISTINA FIBE)


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