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foco
Grupos de arquitetos são convidados a criar projeto de Nova York flutuante
DE NOVA YORK
Enquanto o Rio é castigado
pelos alagamentos, Nova
York, nos EUA, tenta planejar
à frente: e se, por conta do
aquecimento global, o nível
do mar subir a ponto de os
rios em torno de Manhattan
deixarem a ilha submersa?
Para pensar em soluções
preventivas, o MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova
York) convidou cinco times
de arquitetos, engenheiros e
designers para criar uma cidade imaginária, que resistiria a tempestades severas, à
subida da água ou a ondas gigantes, com base em cinco
áreas diferentes de Nova
York e seus arredores.
As ideias vão de uma espécie de cercado de grama esponjosa, para absorver a água
antes de ela atingir os prédios, à construção de uma Veneza adaptada aos novos tempos, com ilhas fabricadas. A
proposta era que os convidados apresentassem saídas
realistas, cujo impacto pudesse ser sentido pelos moradores, de acordo com o museu.
Se não parece muito realista a Manhattan envolta por
grama imaginada pelos escritórios Architecture Research
Office e dlandstudio, sua proposta para as ruas da cidade
se baseia em antiga sabedoria: concebidas como "espaço
natural", elas são porosas, pavimentadas com uma mistura
de concreto, plantas resistentes ao sal e terra, para absorver também a água da chuva,
como uma esponja gigante.
O projeto do nArchitects,
intitulado "Nova Cidade
Aquosa", é um tanto mais radical. Desenhada para "controlar e absorver" a subida do
nível do mar mesmo com
crescimentos populacionais,
a cidade borra os limites entre terra e água, com prédios
suspensos e píeres habitáveis.
Com a exposição, chamada
"Rising Currents" (correntes
em ascensão), o MoMA inaugura a série "Questões da Arquitetura Contemporânea",
com a qual o museu pretende
"despertar o diálogo do público sobre problemas atuais". A
mostra vai até 11 de outubro.
(CRISTINA FIBE)
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