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São Paulo, domingo, 11 de maio de 2003

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Organização prega moderação como estratégia

DA REPORTAGEM LOCAL

Não são exagero as restrições que médicos fazem à atividade física intensa como estratégia de saúde pública. Se maratonistas que esfalfam músculos e articulações não procuram orientação especializada, imagine o que acontece com a maioria da população.
Victor Matsudo, consultor em atividade física da OMS, explica que, numa ação de saúde pública, pregar alta intensidade não dá certo por causa da baixa adesão e necessidade de avaliação física. Segundo ele, no primeiro mês de atividade intensa, a lesão de ossos ou músculos pode ocorrer em 50% dos casos e a lesão leva à aversão ao exercício.
Na Austrália, a lesão esportiva é a segunda causa de trauma físico depois do acidente de carro. Nos EUA, ocorrem 1 milhão de traumas esportivos por ano.
Estudos comprovavam, já em 1995, que trinta minutos diários de atividade física moderada, na maior parte da semana, trazem benefícios ao organismo, como menos problemas cardiovasculares. A mensagem foi escolhida pela OMS para animar sedentários em 2002, mas foi colocada em xeque no fim do ano, quando correu a notícia de que, para ter ganhos, é preciso um mínimo de uma hora de exercício intenso por dia.
O Colégio Americano de Medicina Esportiva esclareceu que os 60 minutos são aplicáveis para manutenção de peso.
"O nível de atividade física depende do objetivo individual", reforça Paulo Zogaib, do Centro de Medicina do Esporte do Hospital Sírio Libanês de São Paulo. (FL)


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