São Paulo, segunda-feira, 11 de maio de 2009

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IRENE ALBERTINI DE MAI (1921-2009)

Tia Rina e a dedicação aos sobrinhos

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Irene Albertini de Mai, a Tia Rina, era uma espécie de história viva de SP, conta a sobrinha Célia Wada. Recordava-se do tempo em que os bondes eram puxados por burros pelas ruas da cidade.
Descendente de italianos, começou a trabalhar cedo, aos 12, entregando leite pelo Brás, na região central.
Casada, fazia trabalhos de costura e era como uma "muleta para o marido", que se formou advogado com muito custo, devido às dificuldades que passavam na época, afirma a sobrinha.
Nos fim dos anos 60, ficou viúva -o marido morreu de problemas cardíacos. Não teve filhos, mas cuidou de muitos sobrinhos. "Ela se metia na vida de todos, ligava sempre para a gente", diz Célia.
Independente e ativa, morava sozinha. A partir dos anos 70, passou a ajudar a família em um laboratório de análises clínicas. Há poucos anos, havia se tornado presidente do comitê da melhor idade da CMQV (Câmara Multidisciplinar de Qualidade de Vida), uma ONG que presta serviços e consultoria em áreas como meio ambiente, economia e segurança do trabalho.
"Garbosa" e "briguenta", Irene estava sempre cantando. A sobrinha quis tocar, em seu velório, sua música favorita, "My Way", eternizada por Frank Sinatra, mas não encontrou a música a tempo.
Morreu quinta, aos 87, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. A missa de sétimo dia será quarta, às 18h30, na paróquia Nossa Senhora Aparecida, em SP.

obituario@grupofolha.com.br


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