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Maioria afirma que não deixará de ir a bares
DA REPORTAGEM LOCAL
A pesquisa do Datafolha com
fumantes e não fumantes no o
município de São Paulo conclui
que um dos principais medos
dos donos de bares, boates e
restaurantes -a queda no movimento e a consequente demissão de trabalhadores do setor- não deve ser concretizar.
Entre os entrevistados fumantes que vão a esses lugares,
a taxa dos que afirmam que não
deixarão de frequentá-los depois que a lei de proibição ao cigarro entrar em vigor fica entre
86% (no caso das casas noturnas) e 91% (no caso dos restaurantes). Entre fumantes e não
fumantes, os números são 95%
e 97%, respectivamente.
"Não dizemos que vai ter menos frequência. Vai ter é queda
na arrecadação. Quem fuma
passa, em média, três horas no
estabelecimento. E quem não
fuma fica uma hora. É nesse
contexto que vou perder arrecadação", afirmou Marcus Rosa, diretor da Abresi (Associação Brasileira de Gastronomia,
Hospedagem e Turismo).
Sobre experiência de cidades
como Nova York e Buenos Aires, que tiveram alta de arrecadação tributária do setor após a
proibição do fumo em locais fechados, Rosa diz: "São culturas
diferentes. Estamos adequando ao que se analisa no consumidor brasileiro. Fundamentar
em outros países não dá".
Na opinião de 51% dos entrevistados na pesquisa, a lei será
ótima ou boa para os bares e
restaurantes, contra 36% que
consideram que ela será ruim
ou péssima para esse setor.
Para 63%, a lei será ruim ou
péssima para os fumantes, índice que se mantém, pela margem de erro de quatro pontos
percentuais, para mais ou para
menos, entre fumantes (60%) e
entre não fumantes (64%).
"Haverá um ajuste de conduta. Não é possível que as pessoas tenham perdido as noções
de civilidade e de respeito. Lei é
lei, tem de ser cumprida", disse
Mário Albanese, presidente da
Adesf (Associação em Defesa
da Saúde do Fumante).
(VQG)
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