São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Caixas eletrônicos são alvo de explosões

Onda de ataques atinge Grande São Paulo e interior do Estado; em Cajamar, barulho acordou moradores ontem

Instalação de caixas mais resistentes, que suportam maçaricos, é apontada como motivo para uso de explosivos


LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO
DE SÃO PAULO


Criminosos explodiram caixas eletrônicos de uma agência do Banco do Brasil em Cajamar (Grande São Paulo), por volta das 3h de ontem. O barulho da explosão acordou moradores.
Quando os policiais chegaram ao local, encontraram ao menos três caixas e o hall de entrada do banco danificados. Os ladrões fugiram.
O caso foi o mais recente de uma onda de ataques com explosivos a caixas eletrônicos que vem ocorrendo no Estado, sobretudo na região metropolitana da capital e na região de Campinas.
Além do caso de Cajamar, há registros em ao menos outras 14 cidades da Grande São Paulo este ano, conforme levantamento da Folha.
A instalação de caixas eletrônicos mais resistentes, que suportam o ataque de maçaricos, é apontada como um dos motivos para o recente uso de explosivos.
Outra causa, dizem delegados ouvidos pela Folha, é a instalação de dispositivos que marcam as notas com tinta e incineram o dinheiro em caso de explosão.
Segundo os delegados, esse reforço na segurança pode ter disparado uma "corrida" dos bandidos, na tentativa de ainda encontrar caixas sem tais dispositivos.
"Agora que os bancos estão colocando esse dispositivo de tinta, [os ladrões] estão acelerando [os ataques]. Enquanto der para fazer, eles vão fazer", diz o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Campinas, José Carlos Ferreira da Silva.
A TecBan, da rede Banco 24 Horas, afirma que 36 de seus caixas eletrônicos foram alvos de ataques neste ano, a maioria em SP. Já a Polícia Civil de Campinas fala em pelo menos 20 casos na região.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública afirma não ter estatísticas específicas de ataques aos caixas eletrônicos. Os bancos também não falam em quantias que já foram levados. Por segurança, eles não divulgam os valores que ficam nos caixas.

Colaborou MARTHA ALVES, de São Paulo


Texto Anterior: Administração: Longe de cumprir metas, Kassab critica ONG que ajudou a criá-las
Próximo Texto: Saiba mais: Nota manchada de tinta pode ser recusada, diz BC
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.