|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SEGURANÇA
O fugitivo é suspeito de agir em um grupo de extermínio em Ribeirão Preto (SP) e é acusado de oito homicídios
Policial foge e promotores pedem proteção
DA FOLHA RIBEIRÃO
A fuga do investigador Ricardo
José Guimarães, 32, suspeito de
agir em grupo de extermínio, levou promotores de Ribeirão Preto e de São Paulo ligados ao caso a
pedir proteção para eles próprios,
para outros policiais e para familiares de vítimas.
O policial fugiu anteontem do
Presídio Especial da Polícia Civil,
na capital. Ontem, promotores se
reuniram em Ribeirão Preto e decidiram encaminhar o pedido de
proteção à Procuradoria Geral do
Estado de São Paulo.
Suspeito de integrar um grupo
de extermínio formado por policiais em Ribeirão Preto, Guimarães é acusado de oito homicídios
e estava preso havia 72 dias. Cinco
promotores de Ribeirão -que
não querem ser identificados por
questão de segurança- discutiram durante a tarde de ontem como a proteção das pessoas envolvidas nas investigações pode ser
feita. O policial vem sendo investigado pelo Ministério Público há
um ano e meio.
Segundo o promotor paulistano
Carlos Cardoso, 49, Guimarães é
um preso de alta periculosidade e
sua fuga irá provocar um retardamento das investigações. "Com
ele foragido, os familiares das vítimas não vão querer depor", declarou o promotor.
Cardoso afirmou que a fuga do
investigador foi "ridícula" e "vergonhosa". Segundo o diretor do
Presídio Especial da Polícia Civil,
José Carlos Sanches Bueno, Guimarães escalou um muro e subiu
as escadas de uma das guaritas de
vigilância. O diretor diz que não
havia nenhum policial na guarita
porque o encarregado da vigilância estava fazendo escolta. O promotor Cardoso acredita que Guimarães tenha fugido pelo portão
da frente do presídio.
"Há indícios de que ele [Guimarães] tenha fugido pelo portão da
frente, e não pela guarita. É certo
que houve a conivência de funcionários", afirmou Cardoso.
Segundo a Corregedoria Geral
da Polícia Civil, uma equipe vigia
a casa da namorada de Guimarães, Fernanda Vedovato, 18, que
está desaparecida. Ela e dois rapazes foram detidos na terça-feira
com cerca de R$ 40 mil. Ela tinha
passagens com data de ontem para Madri. O dinheiro e as passagens ficaram com a polícia. Os
três foram liberados após o depoimento. Fotos do investigador foram distribuídas em aeroportos.
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Acidente: Bombeiros retiram carro do rio Tietê e encontram corpo de idosa Índice
|