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Na Mangueira, controle é dos mais velhos
DA SUCURSAL DO RIO
Diferentemente do que
ocorre na maioria das favelas dominadas pelo CV,
a venda de drogas nos
morros da Providência
(centro) e da Mangueira
(zona norte) é chefiada
por traficantes antigos,
com visão comercial e
controle sobre os adolescentes a eles subordinados. Não é à toa que hoje,
segundo a polícia, são os
dois únicos redutos lucrativos para a facção.
O tráfico na Providência
é controlado por Evanílson Marques da Silva, 37, o
Dão, um ex-fuzileiro naval
que sucedeu o comando de
seu irmão, Leonardo Marques da Silva, o Sapinho,
atualmente preso.
Já a Mangueira é dominada há vários anos pela
família Monteiro, cujo
principal líder é o traficante Francisco Testas Monteiro, o Tuchinha, preso
no complexo penitenciário de Bangu (zona oeste).
Em ambas as favelas, os
chefões não permitem que
os adolescentes pratiquem assaltos nas ruas do
Rio. Também proíbem
que eles se envolvam em
ações organizadas pelo CV
para atacar comunidades
dominadas por rivais.
Organizadas, as quadrilhas obtêm lucro no comércio de drogas. A Providência fatura, segundo a
polícia, cerca de R$ 2 milhões por mês. O principal
mercado consumidor são
os escritórios do centro. Já
a venda de drogas na Mangueira rende de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões mensais. A Mangueira atrai
principalmente consumidores da zona sul. Tanto
na Mangueira quanto na
Providência, procuram
vender cocaína de melhor
qualidade, diferentemente das demais, que a comercializam misturada a
outras substâncias.
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