São Paulo, segunda-feira, 11 de junho de 2007

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Polícia flagrou conversas de juíza com um suspeito

DA REPORTAGEM LOCAL

Durante as investigações sobre a conduta de Gildásio Siqueira Santos, a polícia de Santo André grampeou o telefone de diversas pessoas que mantinham relação pessoal e comercial com ele.
Uma delas foi Sidnei Garcia, vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Mauá e amigo da juíza Ida Inês Del Cid, atualmente titular da 2ª Vara do fórum da cidade.
Garcia, como Santos, é suspeito de dar amparo para a lavagem de dinheiro do PCC no ABC. Ele foi flagrado em conversas íntimas com a juíza. Em várias delas, trata Ida, que foi responsável pela Justiça Eleitoral em Mauá, como "my love" e recebe de volta, sempre em tom de intimidade, um "palhaço".
Mesmo com atuação em Mauá, a juíza também concedeu, num plantão e em Santo André, liberdade a um homem preso em flagrante por porte ilegal de arma e que seria segurança de Garcia em uma loja de carros dele. Foi nessa mesma loja, que estaria em nome de laranjas, que 22 veículos foram apreendidos em 2006.
Segundo acusação formal feita pelo empresário Douglas Martins do Prado à Corregedoria Geral de Justiça, órgão fiscalizador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ida e a também juíza Maria Eugênia Pires [a mesma que julgou a causa do imóvel de R$ 600 mil entre Santos e Prado] favoreciam os envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro do PCC, principalmente Santos e Garcia. (AC)


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