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Polícia flagrou
conversas de juíza com um suspeito
DA REPORTAGEM LOCAL
Durante as investigações
sobre a conduta de Gildásio
Siqueira Santos, a polícia de
Santo André grampeou o telefone de diversas pessoas
que mantinham relação pessoal e comercial com ele.
Uma delas foi Sidnei Garcia, vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Mauá e amigo da
juíza Ida Inês Del Cid, atualmente titular da 2ª Vara do
fórum da cidade.
Garcia, como Santos, é suspeito de dar amparo para a
lavagem de dinheiro do PCC
no ABC. Ele foi flagrado em
conversas íntimas com a juíza. Em várias delas, trata Ida,
que foi responsável pela Justiça Eleitoral em Mauá, como "my love" e recebe de volta, sempre em tom de intimidade, um "palhaço".
Mesmo com atuação em
Mauá, a juíza também concedeu, num plantão e em Santo
André, liberdade a um homem preso em flagrante por
porte ilegal de arma e que seria segurança de Garcia em
uma loja de carros dele. Foi
nessa mesma loja, que estaria em nome de laranjas, que
22 veículos foram apreendidos em 2006.
Segundo acusação formal
feita pelo empresário Douglas Martins do Prado à Corregedoria Geral de Justiça,
órgão fiscalizador do Tribunal de Justiça de São Paulo,
Ida e a também juíza Maria
Eugênia Pires [a mesma que
julgou a causa do imóvel de
R$ 600 mil entre Santos e
Prado] favoreciam os envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro do PCC,
principalmente Santos e
Garcia.
(AC)
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