São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 2008

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Acusado por padre Júlio de extorsão é solto

"Justiça mostrou que sou inocente", disse Anderson Marcos Batista; mulher dele também deixou prisão

Luciano Amarante/Folha Imagem
Anderson Batista reencontra Evandro Guimarães, ambos absolvidos do processo de extorsão de dinheiro do padre Júlio Lancelotti

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Vinte quilos mais magro, Anderson Marcos Batista, 26, acusado pelo Ministério Público de ser o chefe da suposta quadrilha que teria extorquido dinheiro do padre Júlio Lancelotti, 59, foi solto ontem pela Justiça após sete meses preso.
"A Justiça mostrou que sou inocente", afirmou ele ao deixar o Centro de Detenção Provisória do Belém, na zona leste.
Além dele, sua mulher, Conceição Eletério, 44, também acusada, deixou ontem a Penitenciária Feminina do Estado.
"Estou revoltada. Ficamos presos sem nunca termos sido culpados", disse ela, que pretende estudar a possibilidade de entrar com uma ação indenizatória contra o Estado.
Anteontem, outros dois acusados, os irmãos Evandro, 29, e Everson Guimarães, 27, que estavam presos com Batista, já haviam sido soltos. Os quatro foram absolvidos pelo juiz Julio Caio Farto Salles, da 31ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça. Segundo o advogado Nelson Bernardo da Costa, seus clientes "foram absolvidos por insuficiência de provas".
No ano passado, o padre Júlio, que atua na Pastoral do Povo de Rua e é um dos principais defensores dos direitos de adolescentes infratores, procurou a Polícia Civil acusando Batista e os outros três por ameaças falsas de pedofilia. Procurado, o padre não quis falar.
Batista negou a chantagem e disse que manteve, desde os 17 anos, relação homossexual com o padre. Ele ainda responde em liberdade por um homicídio.
O promotor Fábio Bueno afirmou que não iria se manifestar porque ainda não havia recebido a sentença. A Promotoria pode recorrer da decisão.


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