São Paulo, sábado, 11 de junho de 2011

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Alckmin manda apurar contrato com empresa de energia

Decisão ocorre 4 anos após vencer prazo para o grupo AES aumentar a capacidade de geração de energia

Um dia depois de ter criticado a Eletropaulo, ele voltou a cobrar mais fiscalização à empresa que fornece energia


EDUARDO GERAQUE
RENATO CASTRONEVES

DE SÃO PAULO

Um dia depois de afirmar que a Eletropaulo não tem "condições mínimas" de atendimento em situações de emergência, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem que pedirá à Procuradoria-Geral do Estado que avalie o contrato com a empresa de energia AES.
O anúncio ocorre quatro anos após vencer a cláusula contratual que prevê aumentar a capacidade de geração de energia da AES, controladora da Eletropaulo.
"A Procuradoria avaliará o fato de que, no contrato de privatização, a concessionária tinha dez anos para agregar 400 MW ao fornecimento de energia (aumento de 15% da capacidade da empresa). Isso venceu em 2007, e ainda não foi feito", disse Alckmin.
A concessão e exploração da distribuição de energia com a AES é de 1998 e tem duração de 30 anos.
A AES Eletropaulo disse que fará uma termelétrica.
Alckmin voltou a cobrar da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia), ligada à secretaria estadual de Energia e Saneamento, e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mais fiscalização à empresa.
"As agências precisam exigir mais investimentos em prevenção e em equipes para restabelecer rapidamente a energia [após eventos climáticos adversos]."
Por conta do vendaval na terça-feira, milhares de consumidores ficaram sem luz e água em todo o Estado.
O próprio governo admitiu ontem à Folha que o número de fiscais da Arsesp é pequeno e precisa ser reforçado. São apenas 16 pessoas para fiscalizar o trabalho de 14 concessionárias no Estado.
Desde 2008, de acordo com os dados oficiais, a Eletropaulo recebeu R$ 10,9 milhões em multas da Arsesp por causa de diversos problemas em seus serviços. Fora os prejuízos causados diretamente a clientes da empresa.
De acordo com a agência reguladora de energia, apenas R$ 654 mil foram pagos.


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