São Paulo, sábado, 11 de junho de 2011

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Debate sobre o filme "Quebrando o Tabu" reúne 300 em SP

Documentário sobre descriminalização da maconha é aplaudido após a exibição

DE SÃO PAULO

Cerca de 300 pessoas participaram de um debate com o diretor de "Quebrando o Tabu", Fernando Grostein Andrade, após sessão do filme no cine Livraria Cultura do Conjunto Nacional, anteontem à noite, em evento promovido pela Folha.
Ao lado do organizador da Marcha da Maconha, Pedro Nogueira, o cineasta respondeu a perguntas das pessoas que assistiram ao documentário, em sessão antes do evento. A colunista da Folha Mônica Bergamo mediou o debate.
O documentário tem como âncora o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que, no filme, defende a descriminalização das drogas leves, algo que combateu quando era presidente.
FHC cancelou sua participação horas antes do debate por causa da morte de seu amigo, o sociólogo Juarez Rubens Brandão Lopes.
Por duas vezes, Andrade foi questionado sobre o fato de o filme ter dado voz somente às versões de pessoas (ex-presidentes e secretários de Estado) que são favoráveis à descriminalização.
"Escutei muitas pessoas dizendo isso, mas sempre falei: "quando você fizer o seu filme, faça do jeito que quiser'", disse, aos risos. "Está todo mundo careca de saber todos os argumentos de quem faz a guerra às drogas. Acho que, por maior esforço que eu fizesse para mostrar a opinião de cada parte, 50% a 50%, nunca iria ser equilibrado porque não é a minha opinião", completou.
A maioria dos participantes do debate eram jovens, como o médico Thiago Wolff, que assistia ao documentário pela segunda vez.
"O que mais gostei do filme foi a discussão sobre o resgate do ser humano. Não dá para falar sobre tratamento de drogas só falando em crime, mas sim falando sobre como tratar viciados", disse.
O filme retrata como os usuários são tratados em outros países, como Holanda, Portugal e Suíça, que optaram pela descriminalização. Ao final da sessão lotada, o público aplaudiu o documentário. (GIBA BERGAMIM JR.)


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