Procura maior por destinos domésticos após a gripe suína causou alta de até 60% nas diárias de imóveis em relação a 2008, afirma Creci

Litoral paulista também teve alta significativa, com variações de até 115% nos preços; IPCA dos últimos 12 meses foi de 4,8%

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As férias de julho estão mais caras na serra. Segundo levantamento do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo), o preço das diárias para locação de imóveis em Campos do Jordão cresceu até quase 60% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A variação máxima foi no aluguel de apartamentos de quatro dormitórios, cujos preços aumentaram 59,76%. A média para esse tipo de locação é de R$ 1.038,46 a diária, contra R$ 650 correspondentes ao ano passado.
De acordo com o presidente da entidade, José Augusto Viana Neto, a alta dos preços tem a ver com o aumento da procura por destinos domésticos.
Uma combinação de fatores -como gripe suína, que desviou os paulistas de rotas tradicionais como Argentina e Chile, e o crescimento natural na procura por viagens nacionais- explica o fenômeno.
Para evitar abusos, Viana Neto recomenda aos turistas negociar com os proprietários, que costumam limitar o número de dias para a permanência e a quantidade máxima de pessoas por imóvel.

Litoral
O litoral paulista também registrou alta significativa de preços. As variações chegam a 115% em Santos, Guarujá e Praia Grande para casas de três dormitórios -índice muito superior ao IPCA dos últimos 12 meses (4,8%).
O aluguel de apartamentos de três dormitórios também aumentou de valor na região. Quem pagava R$ 240 a diária no ano passado por uma unidade do tipo hoje paga R$ 435,56 -um aumento de 81,48% nos últimos 12 meses.
Já os municípios de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, todos no litoral norte do Estado, verificaram aumentos em diárias de casas que variaram de 35,23% (três dormitórios) a 64,22% (dois dormitórios). Unidades de dois dormitórios cuja diária custava R$ 136 em 2008, por exemplo, valem atualmente R$ 223,33.
Em apartamentos da mesma região, o incremento dos preços foi menos sensível, no entanto. Uma das justificativas é que, no local, há restrição para construção de prédios altos e maior procura por casas.
(TAI NALON)


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