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Trem-bala atravessará SP por 16 km de túneis
Dependendo do traçado, trecho subterrâneo em São Paulo da ligação expressa entre Rio e Campinas poderá chegar a 25 km
Única parada dentro da cidade será no Campo de Marte,
com passagem até a estação Carandiru do metrô; linha também passará por Cumbica
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O trem-bala que ligará o Rio
de Janeiro a Campinas passará
pela cidade de São Paulo por
um túnel de pelo menos 16 km,
podendo chegar a 25 km conforme o trajeto escolhido. Para
se ter uma ideia, a extensão da
atual malha subterrânea do
metrô é de cerca de 50 km.
Segundo especialistas, o custo do túnel deve variar entre R$
3,2 bilhões e R$ 5 bilhões, tendo por parâmetro o gasto de um
trecho de metrô semelhante. O
valor total de implantação do
projeto, incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), é de R$ 22 bilhões, gasto que, para especialistas, pode
chegar a R$ 33 bilhões.
O túnel percorrerá o subsolo
entre as proximidades da rodovia Presidente Dutra -de onde
o trem partirá rumo ao Estado
fluminense- e o entorno da rodovia dos Bandeirantes -de
onde ele seguirá para o interior
paulista.
Haverá uma estação subterrânea no Campo de Marte (zona norte), única parada prevista dentro do município de São
Paulo. Já na Grande São Paulo,
haverá uma estação no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, por onde o trem deve passar acima da superfície.
As informações foram confirmadas por políticos e técnicos ligados aos governos federal e estadual e por consultores
envolvidos no projeto. A Casa
Civil não se pronunciou oficialmente. No mês passado, a ministra Dilma Rousseff afirmou
que a ligação entre São Paulo e
Rio de Janeiro ficará pronta para a Copa de 2014, que terá o
Brasil como sede.
Além de São Paulo, o trem-bala demandará túneis nas cidades de Campinas e Rio de Janeiro e na Serra das Araras (RJ)
-somados, serão cerca de 50
km de linha subterrânea.
Embora mais cara, técnicos
afirmam que a opção pelo túnel
tem a vantagem de evitar desapropriações e driblar complicações ambientais e de impacto
urbano que a construção de
uma via elevada provocaria.
O traçado, ainda não definitivo, prevê estações nos aeroportos de Viracopos (Campinas),
Guarulhos (SP) e Galeão (RJ),
além de paradas no Campo de
Marte, em São José dos Campos (91 km de SP) e em Volta
Redonda (112 km do RJ). Haveria ainda estações alternativas
em Jundiaí (60 km de SP) e
Aparecida (167 km de SP).
A viagem expressa entre São
Paulo e Rio deve ficar torno de
R$ 150, atraindo usuários da
ponte aérea. Uma outra modalidade de viagem, mais barata e
com paradas, será oferecida por
até R$ 100, servindo de alternativa a quem viaja de ônibus.
Campo de Marte
Principal candidata à parada
paulistana do trem-bala, por
estar conectada ao metrô e à
CPTM, a estação da Luz (centro) foi preterida devido ao custo da obra necessária para que
abrigasse mais uma linha.
"Já tem muita linha chegando lá, seria preciso fazer um
quarto andar subterrâneo, é inviável economicamente", afirma o consultor Albuino Azeredo, da empresa Trends, que trabalha no projeto da linha expressa em parceria com o governo sul-coreano.
De acordo com ele, o interesse imobiliário pela zona norte
foi outro fator determinante
para a escolha.
A ligação entre o Campo de
Marte e o metrô ficará a cargo
do governo do Estado e deve incluir uma passagem subterrânea até a estação Carandiru (linha 1-azul).
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