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"Se Bruno for culpado, que pague", diz irmão
Rodrigo, 23, afirma, no entanto, que reza para goleiro superar "problema"
Criados separadamente, irmãos não se veem desde 2007; se falaram pela última vez no mês passado, por telefone
AMANDA MOTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE TERESINA
Irmão do goleiro Bruno, o
gari Rodrigo Fernandes das
Dores de Souza, 23, vive
atualmente com a mulher em
uma casa alugada de um
quarto, na cidade de Campo
Maior (a 95 km de Teresina).
Os dois não se veem desde
2007 e, de acordo com Rodrigo, eles não possuem uma relação de amizade.
Ainda assim, o irmão, que
já foi evangélico, diz estar
"orando" pelo atleta.
"Bruno virou as costas para nossa mãe e desprezou
nossa família", afirma o irmão mais novo.
"Mesmo assim, continuo
torcendo, orando e esperando que ele passe por cima
desses problemas", diz.
Rodrigo não esconde seu
julgamento em relação ao caso do assassinato da ex-namorada do irmão.
"Se ele for culpado do crime que é acusado, que pague
por isso, se arrependa do que
fez de errado. E depois procure ser uma pessoa melhor."
RELAÇÃO
O goleiro e o gari se falaram pela última vez no mês
passado por telefone.
Eles só se conheceram em
2003. Depois moraram juntos por quase dois anos.
Os dois são filhos do casal
Sandra Souza de Oliveira e
Maurílio Fernandes das Dores de Souza, que já morreu.
Sandra e Maurílio tiveram
as crianças em Belo Horizonte. No ano de 1987, Maurílio
foi trabalhar no Piauí.
Na época, Rodrigo foi levado junto com o casal, enquanto o goleiro ficou com a
avó paterna. Os pais pretendiam buscá-lo, mas o casal se
separou um ano depois da
chegada a Teresina e Bruno
acabou criado pela avó.
O gari também foi criado
por outra família, com quem
a mãe o deixou, diz, por não
se sentir em condições de
criá-lo. Maurílio e Sandra tiveram outros filhos em outros relacionamentos.
Rodrigo conta que sua
convivência com Bruno e a
mulher do irmão, Dayanne
Souza, na época recém-casados, não deu muito certo.
Ele afirma ter se desentendido com a cunhada e, por
esse motivo, decidiu voltar a
viver no Piauí.
"Sempre houve discussão
em casa entre os dois", diz.
Para Rodrigo, Bruno é alegre e responsável, mas às vezes "estourado". "Ele não é
agressivo na parte física. É
humilde, mas quando estoura, não quer saber se ele é um
jogador [famoso]".
O gari diz que "apesar de
tudo" pretende visitar o irmão onde ele estiver. "Neste
momento ele precisa da família. Sempre vou torcer pelo
Bruno. Quero vê-lo de novo
no futebol brasileiro e quem
sabe até na Copa de 2014."
Ele conta que ficou preso
por três meses há três anos
por furto, mas nega que tenha cometido o crime.
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