São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 2006

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Dono de rede de lojas é assassinado a tiros em Franca

Delegado diz acreditar que pode ter sido um latrocínio; três suspeitos foram detidos e outro está sendo procurado

MARIA FERNANDA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

O empresário Mário Flávio Trajano Matos, 54, proprietário de uma das maiores redes de materiais de construção de Franca -a loja Luana-, foi assassinado na madrugada de ontem com dois tiros no rosto.
O corpo dele foi encontrado ontem à tarde no Jardim Aeroporto 2 por crianças que soltavam pipa em uma pastagem. A polícia suspeita de latrocínio. Três menores foram detidos.
Conhecido na cidade como Marinho, ele era membro de uma das mais tradicionais famílias da cidade, proprietária do grupo Magazine Luiza.
Matos foi visto pela última vez em um bar no Parque Progresso, na noite de anteontem, onde foi com a mulher e dois amigos assistir ao primeiro jogo da final da Libertadores. A mulher, que estava em outro carro, deixou o local primeiro e foi para casa.
Cerca de meia hora depois, Matos foi embora e desapareceu. Segundo testemunhas, ele havia discutido no estacionamento do bar com um desconhecido, mas a polícia descartou a hipótese da discussão ser a causa do crime.
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Wanir José da Silveira Júnior, afirmou que o carro do empresário, uma camionete Ford Ranger prata, foi encontrada em chamas por volta das 5h de ontem no Jardim Aeroporto 3. O fogo foi apagado por vizinhos, que acionaram a polícia.
Como as chamas atingiram apenas um pneu dianteiro, o carro ficou intacto. As chaves estavam no contato e os documentos do empresário e do veículo também estavam no local. Havia marca de sangue no banco do passageiro.
"É muito cedo para apurar a causa do crime, mas vamos trabalhar com a hipótese de latrocínio porque parece que ele tinha dinheiro no bolso", disse Silveira Júnior.
A polícia está procurando por um quarto suspeito, que poderia esclarecer o crime. Até o fechamento desta edição, ele não havia sido encontrado.
O empresário estava com os braços imobilizados pela própria camiseta; sua calça jeans estava suja na altura dos joelhos. Um sinal que, segundo a polícia, significa que ele ficou ajoelhado no chão. Um dos tiros atravessou o rosto e saiu pelo ouvido do empresário.
Para o delegado, Matos não foi morto no local onde o corpo foi encontrado. Dentro dos bolsos do empresário, havia apenas um maço de cigarro, relógio e um lenço.
O empresário era casado e tinha três filhos, dois homens -26 e 22 anos- e uma menina de 15 anos.

Curiosos
O corpo foi encontrado por um garoto de 12 anos. Ao correr para avisar a mãe, ele saiu gritando e todos os vizinhos ficaram sabendo da notícia.
Quando os três carros da polícia chegaram no local, havia cerca de 80 pessoas, entre jovens, mulheres e crianças. A polícia tentou afastar os curiosos, mas a qualquer brecha eles se aproximavam do corpo.


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