Polícia disse que prisão de colombiano foi dever cumprido e que não pedirá os US$ 5 milhões oferecidos pelos EUA

Agência antidrogas norte-americana oferecia a quantia para quem desse alguma pista sobre Abadía, procurado nos EUA

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal informou ontem, por meio de assessoria de imprensa, que não vai aceitar recompensa da polícia norte-americana pela prisão do traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía.
O DEA (Drug Enforcement Administration), a agência antidrogas norte-americana, em meio a investigações, ofereceu recompensa de US$ 5 milhões (cerca de R$ 9,5 milhões) para quem desse pista ou denunciasse o paradeiro de Abadía.
Ele era um dos traficantes mais procurados nos EUA.
Segundo a PF, a orientação para o não-recebimento da recompensa é porque a PF já tem como missão enfrentar e combater o narcotráfico no Brasil.
O governo norte-americano não se manifestou. Segundo o site do Departamento de Estado norte-americano, o processo de recebimento de recompensa não é simples.
As propostas são submetidas à chancelaria pelo embaixador norte-americano do país em que a prisão ocorreu, agindo a pedido do chefe de um dos diversos órgãos responsáveis pelo cumprimento da lei do país, como o DEA ou o FBI, a polícia federal.
A proposta é então "cuidadosamente" examinada por um comitê interdepartamental, que recomenda ou não o pagamento para a secretária de Estado, Condoleezza Rice. Só a secretária tem a autoridade de determinar se a recompensa deve ser paga.