São Paulo, quarta-feira, 11 de agosto de 2010

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Brasil lança alerta após suspeita de dengue tipo 4

Ministério da Saúde enviou equipe para investigar possível foco em RR

País não tem registro desse sorotipo desde a década de 1980; maior parte da população não está imune ao vírus

DE MANAUS
DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BOA VISTA (RR)

Casos suspeitos de dengue do vírus tipo 4 em Boa Vista (RR) levaram o Ministério da Saúde a alertar todo o país sobre o possível retorno da circulação desse vírus. Equipes foram enviadas a Roraima para identificar o foco e atuar no combate à doença.
No Brasil, não havia registro do sorotipo 4 desde uma epidemia em 1981-82, que ficou restrita a Roraima.
Daí a preocupação do ministério: como a maioria da população não está imune a esse vírus, há o risco de a doença se espalhar rapidamente e se manifestar de forma grave (no caso de segunda contaminação da pessoa).
Em Roraima, há quatro casos em investigação. O governo aguarda resultado da contraprova do Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA).
Apesar de serem vírus diferentes, os sintomas se manifestam da mesma maneira.
"Não é um vírus mais grave. Mas há o risco de termos uma epidemia desse sorotipo no próximo ano", diz o coordenador nacional do Programa de Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho.
Roraima faz fronteira com a Venezuela, onde circulam os quatro tipos do vírus. Todas as suspeitas foram registradas em uma mesma região da capital, Boa Vista.
Os pacientes, que não viajaram ao país vizinho, receberam alta e passam bem.
O secretário-adjunto da Saúde do Estado, Alexandre Salomão, disse que foi feita uma triagem na região das casas dos pacientes suspeitos de terem sido infectados pelo vírus tipo 4.
Todas as pessoas que apresentaram sintomas febris nos últimos dois meses são submetidas a um processo de investigação. Dessa forma, a secretaria espera chegar ao foco da doença.
De janeiro até a primeira semana de agosto, a Secretaria da Saúde de Roraima notificou 7.829 casos suspeitos de dengue do tipo 1. São 65% casos a mais em relação ao mesmo período de 2009.


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