São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2011

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FOCO

Nota suspeita tem mais batom do que tinta de caixa eletrônico

EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

Com o anúncio de que notas de dinheiro com tinta rosa perderiam o valor pela suspeita terem sido roubadas de caixas eletrônicos, os brasileiros correram para trocá-las.
Em três meses, após a onda de assaltos a esses equipamentos, a maioria das cédulas enviadas ao Banco Central estavam, sim, manchadas, mas por outros tipos de marcas: entre elas, batom.
Das 28 mil cédulas entregues no período, apenas 5% tinham as marcas deixadas pelos dispositivos antifurto que mancham as notas. Nos outros 95% havia, além de batom, marcas de mercúrio cromo e canetas coloridas.
Para João Sidney de Figueiredo Filho, chefe do Departamento do Meio Circulante do BC, o receio de ter em mãos uma nota de origem criminosa fez com que muita gente entregasse ao banco cédulas com qualquer tipo de marca.
Só no mês de junho, quando o BC anunciou que as notas manchadas tinham perdido a validade, após o início da onda de saques, foram recebidas cerca de 22 mil cédulas.
No mês anterior, a instituição havia recebido 2.972 notas. Em julho, passada a fase de maior apreensão por parte da população, foram 2.947.
O BC recomenda que as pessoas entreguem o dinheiro manchado aos bancos, que depois mandam as notas suspeitas para uma análise.
Caso a mancha tenha sido provocada pela tinta do sistema contra roubo, a pessoa perde o dinheiro. Agora, se a mancha é só de batom mesmo, a quantia é reembolsada.


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