São Paulo, sábado, 11 de setembro de 2004

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CRIME EM SÉRIE

Ex-motorista de ônibus, suspeito por 9 mortes em Minas, São Paulo e Rondônia, foi localizado em Mato Grosso

Acusado de assassinar taxistas é preso

MARCO DE CASTRO
DO "AGORA"

O ex-motorista de ônibus Anestor Bezerra de Lima, 30, suspeito de ter matado nove pessoas -delas, oito taxistas- nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rondônia foi preso no início da noite de ontem em Colniza, Mato Grosso.
Lima foi pego pela PM mato-grossense em um bloqueio na estrada de terra que liga as cidades de Machadinho do Oeste, em Rondônia, e Colniza. Ele viajava de carona em um caminhão-tanque e, de acordo com a polícia, estava baleado no braço e na perna.
Com ele, foi encontrada uma pistola 7.65 e dois documentos. Um da vítima Daniel Souza Lima, 19, pego em Pouso Alegre (MG), e outro de um cabo do Exército chamado Osney Donizete Misael.
O suspeito foi localizado graças a uma denúncia anônima à Polícia Civil de Machadinho do Oeste, que descrevia o caminhão onde ele viajava.
Em Rondônia, Lima teria feito sua nona vítima, um taxista identificado pelo apelido Joca. O assassino teria tomado o táxi de Joca anteontem, na cidade de Ariquemes. O corpo da vítima -morta a tiros- foi encontrado em uma estrada que liga a cidade a Machadinho do Oeste.
Até a noite de ontem, a polícia ainda não sabia como Lima foi baleado. A suspeita é que o taxista de Ariquemes estava armado e reagiu a tiros.
Preso, Lima foi levado à delegacia de Colniza, onde passaria a noite. Até a conclusão desta edição, a polícia fazia o boletim de ocorrência da prisão. Em seguida, seria feito um auto de flagrante pela morte do taxista de Rondônia. Só então o acusado prestaria depoimento.
A polícia de Machadinho do Oeste teve de impedir uma carreata de taxistas que pretendiam ir até Colniza para linchar Lima.

Suspeita
A suspeita de que os desaparecimentos de cinco taxistas mineiros, de cidades diferentes, estavam ligados à ação de um assassino em série surgiu quando, por meio de um retrato falado e de uma foto tirada durante um almoço em João Pinheiro (MG), testemunhas reconheceram o mesmo homem como sendo o último passageiro das vítimas.
Dias depois, outras três vítimas foram ligadas ao caso. Entre elas está um pedreiro que desapareceu após negociar a compra de um carro -pertencente a um dos taxistas mortos- com o acusado. Até ontem, os corpos de cinco taxistas haviam sido encontrados em São Bernardo (ABC).


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