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Clima seco piora e deve durar até outubro
Umidade relativa do ar permanecerá baixa no Sudeste e no Centro-Oeste
Ontem, São Paulo voltou a registrar baixos índices de umidade, que deixaram algumas regiões da cidade em estado de alerta
DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
A baixa umidade relativa do
ar, que pode causar problemas
respiratórios e agravar doenças
crônicas, deve piorar ainda
mais nesta semana em São
Paulo e permanecer até outubro. O clima seco no Sudeste e
no Centro-Oeste deve durar ao
menos mais um mês, prevê o
Cptec (Centro de Previsão de
Tempo e Estudos Climáticos).
De acordo com o órgão, registros históricos indicam que,
após o inverno -época do ano
caracterizada pela baixa umidade-, as chuvas começam a se
intensificar nas regiões na primeira quinzena de outubro.
Segundo o meteorologista
Lincoln Alves, a ocorrência de
chuvas nos próximos 30 dias
não está descartada. A tendência, contudo, é que, se ocorrerem, sejam eventuais e pouco
amenizem a situação.
Ontem, a umidade mais baixa na capital paulista, 14%, foi
registrada em Ermelino Matarazzo, na zona leste. Quando
ela fica entre 12% e 20%, a Organização Mundial da Saúde
considera estado de alerta.
Neste caso, recomenda evitar
exercícios ao ar livre das 10h às
16h. Apenas uma região medida
da cidade, São Mateus, também
na zona leste, ficou com umidade acima de 30% (ou seja, fora
do estado de atenção).
Segundo a meteorologista
Lucyara Rodrigues, do CGE
(Centro de Gerenciamento de
Emergências), não há previsão
de mudanças no tempo da capital nos próximos cinco dias.
Os reservatórios já sentem os
efeitos da falta de chuvas: o sistema Cantareira está com
39,4% da capacidade, e o Guarapiranga, com 47,7%.
Em razão da atual situação, a
Secretaria Municipal da Educação publica hoje no "Diário
Oficial" um comunicado em
que recomenda cuidados especiais com os alunos nos dias
com baixa umidade relativa do
ar na cidade, como evitar exposição em locais descobertos e
fazer atividades mais leves nas
aulas de educação física.
Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, a empresa
adota um "plano de contingência que pode apontar para a
mudança do horário de entrega
das correspondências, caso
ocorra, simultaneamente, aumento na temperatura acima
de 30C e umidade do ar a menos de 20%". Em algumas cidades do interior de São Paulo,
como Ribeirão Preto, o horário
diferenciado já é aplicado.
Estado
No restante do Estado, a situação é parecida. O clima vai
continuar seco, e a umidade do
ar, já considerada baixa, deve
diminuir ainda mais em regiões
como o oeste e o norte.
"Só a chegada de uma frente
fria intensa vai romper com a
massa de ar seco que está sobre
o Estado", afirmou a meteorologista Ana Ávila, do Cepagri
(Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à
Agricultura) da Unicamp.
(FÁBIO AMATO, MAURÍCIO SIMIONATO e AFRA BALAZINA)
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