São Paulo, terça-feira, 11 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Clima seco piora e deve durar até outubro

Umidade relativa do ar permanecerá baixa no Sudeste e no Centro-Oeste

Ontem, São Paulo voltou a registrar baixos índices de umidade, que deixaram algumas regiões da cidade em estado de alerta

DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

A baixa umidade relativa do ar, que pode causar problemas respiratórios e agravar doenças crônicas, deve piorar ainda mais nesta semana em São Paulo e permanecer até outubro. O clima seco no Sudeste e no Centro-Oeste deve durar ao menos mais um mês, prevê o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos).
De acordo com o órgão, registros históricos indicam que, após o inverno -época do ano caracterizada pela baixa umidade-, as chuvas começam a se intensificar nas regiões na primeira quinzena de outubro.
Segundo o meteorologista Lincoln Alves, a ocorrência de chuvas nos próximos 30 dias não está descartada. A tendência, contudo, é que, se ocorrerem, sejam eventuais e pouco amenizem a situação.
Ontem, a umidade mais baixa na capital paulista, 14%, foi registrada em Ermelino Matarazzo, na zona leste. Quando ela fica entre 12% e 20%, a Organização Mundial da Saúde considera estado de alerta. Neste caso, recomenda evitar exercícios ao ar livre das 10h às 16h. Apenas uma região medida da cidade, São Mateus, também na zona leste, ficou com umidade acima de 30% (ou seja, fora do estado de atenção).
Segundo a meteorologista Lucyara Rodrigues, do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), não há previsão de mudanças no tempo da capital nos próximos cinco dias.
Os reservatórios já sentem os efeitos da falta de chuvas: o sistema Cantareira está com 39,4% da capacidade, e o Guarapiranga, com 47,7%.
Em razão da atual situação, a Secretaria Municipal da Educação publica hoje no "Diário Oficial" um comunicado em que recomenda cuidados especiais com os alunos nos dias com baixa umidade relativa do ar na cidade, como evitar exposição em locais descobertos e fazer atividades mais leves nas aulas de educação física.
Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, a empresa adota um "plano de contingência que pode apontar para a mudança do horário de entrega das correspondências, caso ocorra, simultaneamente, aumento na temperatura acima de 30C e umidade do ar a menos de 20%". Em algumas cidades do interior de São Paulo, como Ribeirão Preto, o horário diferenciado já é aplicado.

Estado
No restante do Estado, a situação é parecida. O clima vai continuar seco, e a umidade do ar, já considerada baixa, deve diminuir ainda mais em regiões como o oeste e o norte.
"Só a chegada de uma frente fria intensa vai romper com a massa de ar seco que está sobre o Estado", afirmou a meteorologista Ana Ávila, do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp.
(FÁBIO AMATO, MAURÍCIO SIMIONATO e AFRA BALAZINA)


Texto Anterior: Agora zen, Saulo diz ser vítima de perseguição
Próximo Texto: Artista muda rotina para fazer exercício
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.