São Paulo, sábado, 11 de setembro de 2010

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Audiência deve ter a "batalha de Itaguaré"

DE SÃO PAULO

O debate sobre a área a ser protegida em Bertioga na audiência pública terá um duro confronto, que tem até nome: "a batalha de Itaguaré".
A praia, ao lado da já superexplorada Riviera de São Lourenço, é quase inabitada, tem um visual paradisíaco, propício ao ecoturismo e abriga rica biodiversidade.
"Itaguaré é a joia da coroa, tanto da parte do setor imobiliário quanto dos ambientalistas", afirma José Amaral Wagner Neto, diretor-executivo da Fundação Florestal.
No traçado do governo, a região fica protegida, integralmente dentro do parque. Na proposta da prefeitura, ela fica totalmente livre.
Para se ter uma ideia do potencial de exploração imobiliária da região, hoje já há um empreendimento à espera de licença ambiental.
O projeto tem área equivalente a 21 parques Ibirapuera, ficará sobre área de restinga e tem píer com atracadouro, 319 lotes de 215 m2 em volta de um lago e cinco torres com 1.680 apartamentos.
A Riviera de São Lourenço já ocupa 26,6 km2, mas não para de crescer. Só de prédios em lançamento há 17 -o menor apartamento tem 116 m2. Um apartamento de 4 dormitórios, 4 suítes e "pé na areia" custa até R$ 4 milhões.
O principal argumento da prefeitura é que essas regiões são consideradas zona urbana no Plano Diretor. "Queremos manter alguma possibilidade de ocupação, principalmente entre a Rio-Santos e a praia", afirma o secretário de Meio Ambiente de Bertioga, Rogério Leite dos Santos.
Segundo ele, isso não significa que essas áreas serão desmatadas "do dia para a noite". "Há restrições seríssimas. E o licenciamento ambiental é para isso: para ordenar a ocupação", diz.


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