São Paulo, domingo, 11 de setembro de 2011

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LIVIU JOSÉ LEBAS (1922-2011)

Um romeno há 50 anos no Brasil

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Na companhia da mulher e do único filho, Liviu José Lebas aportou no Brasil no dia 14 de setembro de 1961 em busca de melhores oportunidades de vida. Como já tinha por aqui um cunhado, sabia mais ou menos dos desafios que encontraria pela frente.
Foi na cidade de Bucareste, capital da Romênia, que ele nasceu, cresceu, constituiu família com Helena, dona de casa hoje com 91 anos, e se formou médico, em 1947.
Dois anos depois de chegar ao Brasil, conseguiu revalidar o diploma e atuar como clínico geral. Montou o próprio consultório e trabalhou também em laboratórios em São Paulo. Esteve ativo até 1991, quando se aposentou.
Chegou a visitar sua terra natal uma única vez, aproveitando uma viagem que fez com a mulher pela Europa, mas nunca mais quis voltar. Gostou mesmo do Brasil, do clima e da culinária, como conta Dan, o filho que acabou se formando em administração de empresas, pela FGV.
Quase meio século morando aqui foi mais do que suficiente para aprender a nova língua, mas o sotaque Liviu nunca conseguiu perder. Apaixonado por cinema, admirava atores como Clark Gable e Ava Gardner. Achava-se parecido com o cantor Frank Sinatra, o que de fato era, como conta o filho, principalmente pela maneira como penteava o cabelo. Também gostava de literatura.
Em maio deste ano, começou a sofrer de insuficiência cardíaca. Chegou a quebrar o fêmur e a precisar de uma prótese. Morreu na terça, aos 88 anos, de pneumonia, complicações cardíacas e septicemia, poucos dias antes de completar 50 anos no Brasil.

coluna.obituario@uol.com.br


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