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TRANSPORTES
Alckmin se comprometeu a realizar a obra em abril, mas, segundo o governo, impasse sobre localização atrasou projeto
Passarela prometida não saiu do papel
DA REPORTAGEM LOCAL
A promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de construir uma passarela no trecho de 7
km do Rodoanel entre a Régis Bittencourt e a Raposo Tavares não
foi cumprida até hoje.
Alckmin havia assumido esse
compromisso em abril deste ano,
dando um prazo de 30 dias para
entregar a obra aos 20 mil moradores dos bairros Gramado, Jardim Vista Alegre e Jardim Mimas,
que ficaram "ilhados" após a
abertura dessa ligação, principalmente no Embu (região metropolitana de São Paulo).
Nelson Maluf El Hage, assessor
da diretoria da Dersa, diz que a
promessa não foi cumprida por
causa de um impasse sobre a localização da passarela. "Alguns queriam em um lugar, outros, em outro. Até começamos a fazê-la, mas
foi embargada", afirma.
Ele diz que a construção será feita depois do remanejamento de
pontos de ônibus das proximidades, quando será possível realizar
uma contagem da passagem de
pedestres para definir a melhor
localização da passarela.
No último trecho que será entregue hoje, de 18 km, entre a Raposo e a Anhanguera, passando
pela Castello Branco, haverá duas
passarelas, mas apenas provisórias. Ontem à tarde, quando a Folha esteve na área, elas ainda não
estavam prontas.
El Hage diz que elas são pré-moldadas, de madeira, porque
pode haver mudanças no fluxo de
pedestres após a inauguração do
Rodoanel. "Quando tivermos certeza da melhor localização, vamos
fazê-las definitivas", afirma.
A Dersa diz que, de abril para cá,
não houve nenhum atropelamento nesse trecho, apesar da ausência da passarela. No total, desde
dezembro de 2001, foram registrados 67 acidentes, com 26 feridos e três mortos nos 14 km do
Rodoanel abertos ao tráfego.
Outra reclamação de moradores do entorno e de motoristas é a
falta de iluminação na obra
-existente apenas nos entroncamentos. As luzes são consideradas importantes não só pelas características da estrada, com limite de velocidade de 100 km/h, mas
por atravessar regiões urbanizadas. El Hage diz que essas melhorias serão feitas com o passar do
tempo. "Gradativamente, quando
os problemas forem surgindo, a
gente fará as correções. O mais difícil já foi feito, que era construir a
rodovia", afirma.
A gestão Marta Suplicy (PT) divulgou ontem uma nota à imprensa em que classifica como
"precipitada" a inauguração do
Rodoanel, com críticas, por
exemplo, ao fato de não ter sido
convocada para integrar um grupo de gerenciamento de riscos para os casos de acidentes.
(AI)
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