DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas se dividem sobre a criação da faixa adicional na 23 de Maio. Ivan Whately, conselheiro do Instituto de Engenharia, e Luís Antônio Seraphim, consultor em trânsito que já trabalhou na CET, aprovaram a alteração sob a alegação de que ela deve aumentar a capacidade da via e reduzir as fatalidades, porque as motos terão de reduzir a velocidade.
"A via não foi feita só para as motos. A maioria é que tem de desfrutar das vantagens", diz Whately, para quem, no entanto, deveria haver maior limitação à presença desses veículos.
Seraphim, que já fez projetos para a CET criar na 23 de Maio uma faixa exclusiva de motos, reconhece a tendência de maior conflito com os carros -porém com menor gravidade. "Vai haver mais incidentes, mais atrito, mais batida no retrovisor, e menos acidentes graves", diz. Ele acredita que as motos farão novas rotas.
Marcelo Rosemberg, diretor do sindicato de empresas de arquitetura e engenharia consultiva, discorda. "São remendos que não dão certo. Quando estreita a faixa, diminui a velocidade dos carros. É instintivo. Não vai melhorar a fluidez."
"Os conflitos aumentam. Quem hoje está de carro na esquerda e cruza três faixas para entrar à direta, terá que cruzar quatro", diz Rosemberg. (AI)


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