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Funcionários de resort são indiciados
Três gerentes, um chef e uma nutricionista são acusados da morte de garota de 9 anos ocorrida após intoxicação alimentar
Para os peritos, não foram cumpridas normas legais
de manipulação, preparo, armazenamento e conservação de alimentos
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Cinco pessoas foram indiciadas ontem acusadas de envolvimento na morte da estudante
Bruna Azevedo, 9, vítima de infecção, que, segundo peritos,
foi causada pela ingestão de alimento contaminado durante
um congresso de juízes, no resort Blue Tree Park, em Cabo
de Santo Agostinho (30 km ao
sul de Recife).
Os indiciados eram, na época, funcionários graduados do
hotel -três gerentes, um chef e
uma nutricionista. Eles foram
acusados de homicídio culposo
(sem intenção) e poderão pegar
até três anos de prisão.
Segundo a polícia, as investigações concluíram que eles foram "negligentes" e "imprudentes". Para os peritos, a intoxicação poderia ter sido evitada
caso fossem cumpridas as normas legais de manipulação,
preparo, armazenamento e
conservação de alimentos.
Das cerca de 700 pessoas que
participaram do congresso, em
novembro do ano passado, 70
tiveram sintomas de intoxicação alimentar. A estudante, filha de um casal de juízes pernambucanos, chegou a ser internada, mas morreu no dia 7
daquele mês, vítima de infecção generalizada.
A Vigilância Sanitária de Pernambuco coletou 62 amostras
de alimentos servidos no evento. Os exames comprovaram
que 22 delas estavam impróprias para consumo.
A cozinha do resort foi interditada para a realização de reformas determinadas pela vigilância. Todas as exigências foram cumpridas, e o local reabriu após cinco dias.
O resort foi vendido e atualmente encontra-se fechado para reformas. O novo empreendimento deverá ser reaberto
ainda neste mês.
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