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Capitais do NE crescem em importância
DA SUCURSAL DO RIO
Desde 1966, ano da primeira
edição da pesquisa, as capitais
nordestinas ganharam peso em
relação aos municípios vizinhos e hoje concentram recursos econômicos e oferta de serviços. A pesquisa mostra que,
em alguns casos, esse crescimento fez com que centros locais perdessem expressão, como Floriano (PI), Garanhuns
(PE) e Jequié (BA). Fora do
Nordeste, cidades como Muriaé (MG), Ourinhos (SP) e Pato Branco (PR) pioraram sua
classificação, segundo o IBGE.
"Com a facilidade do acesso
às capitais e o menor grau de
sofisticação de serviços encontrados nos centros locais, alguns municípios perderam importância nas últimas décadas.
Capitais como São Luís, Teresina, Natal, João Pessoa, Maceió
e Aracaju são concentradoras
de recursos e de oferta de serviços", disse Claudio Stenner,
coordenador da pesquisa.
Alta da urbanização
Para Júnia Santa Rosa, diretora da Secretaria de Habitação
do Ministério das Cidades, os
resultados também estão relacionados ao aumento da urbanização do país. "Antigas cidades médias perdem peso em
um contexto de mais de 80% do
país urbanizado. Poderia haver
um trabalho para que esses
centros não entrassem em decadência", disse.
Em relação aos 12 centros
identificados como metrópoles, as únicas mudanças em relação à primeira edição foram
Brasília e Manaus. Na época,
Brasília havia acabado de ser
criada, e Manaus era subordinada à influência de Belém.
"Pela primeira vez Brasília é
considerada uma metrópole
nacional completa. Temos no
país uma situação curiosa: São
Paulo é a essência do setor privado. Brasília está com o Estado, com a sede do poder político, e o Rio ficou com uma mistura das duas coisas", diz Claudio Egler, da UFRJ.
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