São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2008

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Capitais do NE crescem em importância

DA SUCURSAL DO RIO

Desde 1966, ano da primeira edição da pesquisa, as capitais nordestinas ganharam peso em relação aos municípios vizinhos e hoje concentram recursos econômicos e oferta de serviços. A pesquisa mostra que, em alguns casos, esse crescimento fez com que centros locais perdessem expressão, como Floriano (PI), Garanhuns (PE) e Jequié (BA). Fora do Nordeste, cidades como Muriaé (MG), Ourinhos (SP) e Pato Branco (PR) pioraram sua classificação, segundo o IBGE.
"Com a facilidade do acesso às capitais e o menor grau de sofisticação de serviços encontrados nos centros locais, alguns municípios perderam importância nas últimas décadas. Capitais como São Luís, Teresina, Natal, João Pessoa, Maceió e Aracaju são concentradoras de recursos e de oferta de serviços", disse Claudio Stenner, coordenador da pesquisa.

Alta da urbanização
Para Júnia Santa Rosa, diretora da Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades, os resultados também estão relacionados ao aumento da urbanização do país. "Antigas cidades médias perdem peso em um contexto de mais de 80% do país urbanizado. Poderia haver um trabalho para que esses centros não entrassem em decadência", disse.
Em relação aos 12 centros identificados como metrópoles, as únicas mudanças em relação à primeira edição foram Brasília e Manaus. Na época, Brasília havia acabado de ser criada, e Manaus era subordinada à influência de Belém.
"Pela primeira vez Brasília é considerada uma metrópole nacional completa. Temos no país uma situação curiosa: São Paulo é a essência do setor privado. Brasília está com o Estado, com a sede do poder político, e o Rio ficou com uma mistura das duas coisas", diz Claudio Egler, da UFRJ.


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