São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2008

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Com lei seca, folião da Oktoberfest terá van para voltar para casa

Outro serviço oferecido pela festa é o de voluntários que assumem o volante de carros de participantes alcoolizados

Prefeitura de Blumenau estima em 750 mil o número de participantes da atual edição da festa, que começou anteontem e termina dia 26

FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA

Na primeira Oktoberfest após a entrada em vigor da lei seca, que regulamentou os níveis de tolerância de álcool para motoristas, a Prefeitura de Blumenau (SC) decidiu ampliar um sistema de carona para os participantes da festa do chope, que começou anteontem.
Quem beber e não tiver condições de dirigir durante o evento agora conta com vans para voltar para casa ou para o hotel. Tudo de graça.
Em outro serviço gratuito que já havia na festa desde 2005, voluntários assumem o volante de carros de foliões alcoolizados e os levam para casa.
O voluntário retorna ao local de partida de mototáxi, que segue atrás na ida. Atuam espontaneamente como motoristas dos embriagados agentes de trânsito da cidade e integrantes da Serviço Municipal de Transporte. Também houve ampliação nos horários de ônibus.
A Prefeitura de Blumenau estima em 750 mil o número de participantes da atual edição da Oktoberfest, que termina no próximo dia 26. Segundo a organização, serão consumidos 400 mil litros de chope na festa.
A maioria do público é formada por turistas. Por conta disso, a Polícia Rodoviária Estadual promete ampliar a fiscalização nas estradas. Mais cinco bafômetros serão utilizados na região de Blumenau. Durante o mês da festa, outras sete cidades do interior de Santa Catarina também promovem festas típicas alemãs, em que a cerveja é a principal atração.
Segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares da região de Blumenau, o setor teve uma redução de movimento de cerca de 15% com a nova lei.
A queda chegou a 30% logo após a entrada em vigor da norma, em junho, mas cessou devido a uma gradual diminuição da fiscalização, segundo o presidente da entidade, Emil Chartouni. "No início, houve fiscalização maior e um receio maior da população [em relação à lei]." Ele se diz contrário à "tolerância zero" para a bebida.
Chartouni afirma, porém, que a procura de turistas pela cidade não diminuiu em razão da nova regulamentação e que o público da festa deste ano deve superar o da edição anterior -que foi de cerca de 700 mil.


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