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Se saturar, Rodoanel terá obra, diz Estado
Agência afirma que concessionária da rodovia é obrigada a ampliar a capacidade quando o limite for atingido
Governo de SP nega ônus a motoristas e cita que já há intervenções previstas para aliviar
trecho oeste até 2014
DE SÃO PAULO
O governo do Estado afirma que a ampliação da capacidade de tráfego do trecho
oeste do Rodoanel poderá ser
realizada se for confirmada a
saturação da rodovia.
Segundo a Artesp (agência
estadual que regula as concessões rodoviárias em SP), a
vida útil do anel viário foi
projetada para 30 anos.
Mas ela afirma que, por
contrato, a concessionária é
obrigada a realizar obras (como faixas adicionais e marginais) sempre que os níveis de
serviço chegarem aos limites
(estipulados com base em
horas de engarrafamento).
A agência afirma não ter
ainda dados compilados
"para efeito de análise e providências" no trecho oeste
porque os sensores de tráfego na via foram instalados
somente em setembro de
2009 e só podem ser avaliados depois de 12 meses.
De acordo com a Artesp, se
a tendência citada no estudo
do trecho norte for confirmada, "obras de aumento de capacidade de tráfego do trecho oeste serão executadas".
A antecipação de obras
costuma ser motivo de embate entre governo e concessionárias, que reivindicam reequilíbrio contratual alegando gastos não programados.
Na prática, pode significar
alta de pedágio, do tempo de
concessão ou redução do dinheiro repassado ao Estado.
O secretário Mauro Arce
(Transportes) nega, porém, a
possibilidade de onerar motoristas ou poder público.
"Cabe à concessionária
ampliar a capacidade da via
se houver mais demanda
porque isso também significa que ela estará faturando
mais", afirmou à Folha.
Embora admita a hipótese
de novas obras, a Artesp afirma que já há previsão de investimentos para conter os
congestionamentos no trecho oeste do Rodoanel.
Ela cita, por exemplo, a
adequação do trevo da Padroeira neste mês, no km
19,9, melhorias no acesso à
Castello Branco (em 2011) e a
implantação de uma marginal de 4,7 km entre Padroeira
e Raposo Tavares (em 2014).
Eduardo Camargo, diretor
da concessionária RodoAnel,
diz que também tem adotado
medidas operacionais para
melhorar a fluidez -como
ajuste de geometria na estrada.
(ALENCAR IZIDORO)
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