DA REPORTAGEM LOCAL

Várias delegacias que armazenam drogas na Grande São Paulo e no interior do Estado costumam ficar fechadas, e sem nenhum tipo de vigilância, durante os finais de semana.
Como esses distritos não fazem atendimento direto ao público, eles ficam fechados e a única medida de segurança é manter drogas apreendidas e as armas dos policiais trancadas em um cofre.
Delegados ouvidos pela Folha, que pediram para não ter os nomes revelados, dizem que, em muitos municípios do interior, a delegacia funciona em um imóvel geralmente cedido pela prefeitura e sem as condições ideais de segurança de uma delegacia normal.
É o caso da delegacia de entorpecentes de Botucatu, que foi invadida por criminosos na madrugada de ontem. O sobrado era um imóvel alugado pela prefeitura e emprestado à Secretaria da Segurança Pública.
A Folha procurou ontem a Secretaria da Segurança Pública para questionar a falta de segurança na delegacia de Botucatu e saber qual o procedimento usado em todas as delegacias do Estado. Até a conclusão desta edição, a pasta não havia se manifestado sobre o caso.

Drogas
As drogas apreendidas em operações policiais ficam guardadas por vários dias nas delegacias antes de serem levadas às unidades maiores.
Um delegado do interior afirmou ontem que a Polícia Militar deveria ajudar na vigilância dessas delegacias, mas, por conta da rixa entre as polícias, isso não ocorre.
O mais seguro, dizem os delegados, é que a delegacia de entorpecentes funcione junto à delegacia seccional do município ou da região, onde um grupo de policiais fica sempre de plantão.
Na capital, as delegacias funcionam todos os dias.


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