São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Corretor da bolsa é morto com espeto no RJ

Pedreiro que trabalha no prédio confessou o crime e disse ter agido movido por raiva após convite sexual feito pela vítima

Testemunhas viram os dois bebendo no bar do condomínio antes de subirem para a cobertura; tríplex foi incendiado

PEDRO DANTAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O corretor da Bolsa de Valores do Rio Osni Magalhães Lacerda, 56, foi assassinado na madrugada de ontem em sua cobertura tríplex no Humaitá, na zona sul do Rio. Ele foi encontrado morto com um espeto de churrasco atravessado da garganta até a cabeça.
O pedreiro Júlio Dias da Mota, 25, confessou o crime, segundo a polícia, e disse que o matou em um momento de raiva porque Lacerda o teria convidado a ter relações sexuais.
De acordo com a polícia, o pedreiro era funcionário do prédio e, na noite de sábado, por volta das 21h30, tentou entrar em um evento que acontecia no salão de festas. Barrado, o pedreiro teria iniciado um tumulto apartado por Lacerda, que convidou Mota para tomar cervejas no bar do condomínio.
Testemunhas afirmaram que os dois beberam até as 23h30 e subiram para a cobertura de Lacerda. Segundo a versão do pedreiro, no apartamento, por volta da 1h, Lacerda o teria assediado para manter relações sexuais. Diante da negativa, a vítima teria ficado enfurecida e ateou fogo a um cobertor.
O pedreiro afirma ainda que bateu com um vaso de flores na cabeça de Lacerda e em seguida tentou por seis vezes matá-lo com espetos de churrasco. A força empregada por Mota envergou cinco espetos. Um dos objetos estava dobrado ao meio. Após conseguir matar Lacerda na sexta tentativa, Mota desceu e avisou ao síndico sobre um incêndio.
A versão do pedreiro é contestada pelo delegado-titular Rodrigo Santoro, responsável pelo inquérito. Ele diz acreditar que Mota, após matar Lacerda, ateou fogo na cobertura para apagar as provas. Os bombeiros chegaram rapidamente e o incêndio atingiu apenas parcialmente o local.
O pedreiro disse que perfurou seis vezes o corretor "por causa da raiva" e confirmou que havia visitado o apartamento de Lacerda outras vezes, mas que os dois nunca tiveram relações sexuais.
O corretor era separado há mais de 20 anos, pai de dois filhos, e alugava quartos de sua cobertura para dois rapazes.


Texto Anterior: Acidente: Carreta arrasta 30 carros, e quatro pessoas morrem
Próximo Texto: Publicidade: Juiz irá esclarecer despacho sobre a lei dos outdoors de SP
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.