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SAÚDE
Foram registrados 226.912 casos da doença -número recorde- em 97; em 94, a notificação chegou a 56.621
Dengue quadriplica no governo FHC
MARCOS PIVETTA
da Reportagem Local
O número de casos de dengue no
país durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso quadruplicou. Em 97, a FNS
(Fundação Nacional de Saúde), do
Ministério da Saúde, contabilizou
226.912 casos notificados da doença no Brasil -ocorrência recorde
da moléstia no país.
Em 94, último ano do governo
Itamar Franco, foram registrados
oficialmente 56.621 casos da dengue, doença que causa febre alta,
dores e vermelhidão no corpo e
pode levar à morte.
Desde o início da década de 90, a
dengue vem contaminando mais
brasileiros ano após ano e o governo federal não conseguiu, até agora, parar o avanço da moléstia.
A dengue hemorrágica matou
cinco pessoas do Rio Grande do
Norte e uma de Maricá (RJ), em 97.
Quatro de cada cinco casos de
dengue confirmados pelo ministério em 97 tinham como vítimas
moradores do Nordeste.
Em 97, essa região registrou
182.545 casos da doença, número
ligeiramente maior do que o total
de casos contabilizados em todo o
Brasil no ano anterior.
A região que teve menos casos da
doença foi a Sul, com 716 ocorrências notificadas, todas no Paraná
(0,3% do total de casos do país).
Segundo o Ministério da Saúde,
houve 1.877 casos no Estado de São
Paulo em 97 contra 6.760 em 96.
Em cinco Estados, o ministério
não teve, em 97, casos notificados:
Acre, Amazonas, Amapá, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
A disseminação da doença,
transmitida ao homem pela picada
de fêmeas do mosquito Aedes
aegypti contaminadas com o vírus
da dengue, apresentou tendências
diferentes nas regiões brasileiras.
No Nordeste e Norte, o número
de doentes, em 97, aumentou, respectivamente, 45% e 376% em relação ao ano anterior.
Nas demais regiões, a quantidade de pessoas que contraiu a moléstia diminuiu. No Sudeste, essa
queda foi de 40%. No Sul, de 86%,
e no Centro-Oeste, de 26%.
Segundo a assessoria de imprensa da FNS (Fundação Nacional de
Saúde), o quadro da dengue em 97
pode apresentar algumas incorreções, pois alguns Estados pararam
de atualizar informações.
O presidente da FNS, Januário
Montoni, e o diretor do Centro
Nacional de Epidemiologia, Jarbas
Barbosa, foram procurados para
falar sobre o assunto, mas não foram encontrados.
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