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ADMINISTRAÇÃO
Conclusões só valem após análise dos Negócios Jurídicos, diz Executivo; Maluf também contesta
Prefeitura diz que relatório não é oficial
da Reportagem Local
A Prefeitura de São Paulo afirma que o relatório feito pela comissão que seus próprios secretários nomearam não tem validade
enquanto as conclusões não forem analisadas pelo titular da Secretaria Municipal dos Negócios
Jurídicos, Edvaldo Brito.
"Esse relatório não é oficial porque não foi avaliado pelos Negócios Jurídicos", limitou-se a dizer
o secretário de Comunicação Social, Antenor Braido.
Procurados na segunda-feira e
ontem, Brito e o prefeito Celso
Pitta (PTN) não comentaram as
conclusões da comissão.
O prefeito, de acordo com Braido, não falará enquanto o secretário dos Negócios Jurídicos não se
manifestar. Brito, por sua vez, estava no Rio na segunda. Ontem,
já em São Paulo, ele informou por
intermédio do secretário de Comunicação Social que estava lendo o relatório e que só poderia
atender a Folha na tarde de hoje.
De acordo com advogados que
ocuparam a pasta dos Negócios
Jurídicos em administrações passadas, Brito tem autonomia para
definir o destino do relatório, desde que justifique a decisão.
A Folha também procurou o
ex-prefeito Paulo Maluf para que
ele comentasse o caso.
A assessoria do ex-prefeito informou que ele está na França,
mas encaminhou à reportagem
uma pilha de documentos que,
segundo a assessoria, valem como contestação.
A documentação é uma cópia
de um relatório interno da prefeitura no qual a então secretária de
Serviços e Obras Marcia Buccolo
contesta as conclusões da comissão. O relatório foi encaminhado
por Márcia a Edvaldo Brito em 10
de dezembro -quando ela recebeu o relatório parcial de sua assessora jurídica, e a comissão
concluiu seus trabalhos.
A secretária nega 4 das 7 irregularidades apontadas, mas não comenta a contratações de serviços
para um projeto inexistente na
Regional da Sé e atribui à Secretaria de Administrações Regionais
toda a responsabilidade pela fiscalização -ou pela falta dela.
Ela diz que: 1) todos os contratos municipais foram reajustados
da mesma forma entre 93 e 95,
com aval do Tribunal de Contas e
com índices fornecidos pela Secretaria das Finanças; 2) a mudança das condições de pagamento foi autorizada pelo então
secretário das Finanças, Celso Pitta, e já havia ocorrido durante o
governo petista de Luiza Erundina; e 3) não havia serviços de varrição em duplicata, porque os locais apontados como repetidos
no relatório se referiam às calçadas (e não ao leito das ruas) e têm
justificativas técnicas.
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