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VESTIBULAR
Instituição vai descentralizar processo de matrículas para evitar trotes violentos
Unicamp encerra provas hoje
da Reportagem Local
free-lance para a Folha Campinas
A Unicamp vai descentralizar
as matrículas dos novos alunos
para inibir os trotes violentos.
A partir deste ano, o calouro deve efetivar a matrícula na unidade
do curso escolhido. Até o ano
passado todas as matrículas eram
feitas no ginásio de esportes da
universidade.
As matrículas dos calouros dos
cursos de odontologia, que funciona em Piracicaba, e tecnologias, que funcionam em Limeira,
deverão ser feitas no Ciclo Básico,
no campus de Campinas.
Segundo a Unicamp, em 1999,
seis alunos foram punidos por
causa de trotes violentos. Eles foram pegos com objetos considerados perigosos, como tesouras.
"A universidade espera, dessa
forma, melhorar o encontro entre
calouros e veteranos", disse o
pró-reitor de graduação da Unicamp, Angelo Cortelazzo.
Ontem, no terceiro dia de prova
da segunda fase do vestibular da
universidade, o índice geral de
abstenção acumulado desde o
início dos exames foi de 7,09%.
A prova de física foi considerada fácil pelo coordenador da disciplina no Curso e Colégio Objetivo, Eduardo Figueiredo.
"Foi bem mais curta do que a da
Fuvest em termos de conteúdo e
bem mais simples", disse.
"Não houve nenhuma questão
difícil. Somente a pergunta 10 exigia um pouco mais de atenção do
aluno. Algumas, como as perguntas 2, 4, 7 e 9, eram bem fáceis, dadas de graça", afirmou.
Por outro lado, os candidatos,
principalmente os de humanas,
reclamaram da prova.
"A prova foi extensa e trabalhosa", disse Fábio Kacuta, que concorre a ciência da computação.
"Deixei algumas questões em
branco, mas a prova foi mais fácil
do que a da Fuvest. Um ser humano normal consegue fazer",
afirmou Fábio Vieira, que tenta
engenharia de computação.
O candidato a uma vaga no curso de regência Roberto Munhoz,
17, considerou a prova de física
muito difícil. "A prova pedia
muitas fórmulas", disse.
O estudante afirmou que também foi aprovado na 1ª fase da
Fuvest em arquitetura e urbanismo, mas resolveu não fazer as
provas.
"Estou apostando tudo na Unicamp, mas depois de hoje não tenho certeza se vou passar."
"Foi uma prova específica demais para quem quer humanas",
disse o candidato a geografia Govinda Terra.
Os vestibulandos saíram contentes da prova de geografia. "Algumas respostas estavam no
enunciado. Era apenas transcrever", disse Terra.
O exame foi, de acordo com a
coordenadora de geografia do
Objetivo, Vera Lúcia da Costa
Antunes, "o mais difícil de todos
até agora".
"Foi uma prova trabalhosa. Ela
exigiu grande preparo do aluno
para ler, analisar gráficos, ilustrações e fotos e redigir", disse.
Segundo Vera, porém, é uma
prova que sempre agrada aos alunos. "É onde o candidato tem
chance de mostrar que tem algum conhecimento porque tudo
o que ele escreveu pode ser aproveitado", disse.
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