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CRIMINALIDADE
Crescimento chega a 47,6%
Aumenta o número de roubos no Rio
da Sucursal do Rio
O Rio de Janeiro encerrou o ano
de 1999 com um crescimento dos
roubos (a pedestres, casas e ônibus) em relação a 1998 e com uma
redução insignificante do número de mortes violentas.
Segundo as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública, divulgadas ontem, os roubos a casas
cresceram 47,6% em relação a
1998; os roubos a transeuntes,
23,6%; os roubos em coletivos,
13,1%; e os roubos e furtos de veículos, 11%.
As mortes violentas intencionais (homicídios dolosos, encontros de cadáver e de ossada, infanticídio, mortes suspeitas, latrocínios e mortes em confronto com a
PM) caíram de 58,98 por 100 mil
habitantes para 58,21 por 100 mil
habitantes (redução percentual
de apenas 0,38%, de 8.043 para
8.012, uma diferença de 31 mortes
violentas a menos).
Houve crescimento do número
de homicídios (a taxa aumentou
de 42,10 para 43,09 por 100 mil). A
PM, porém, matou 250 pessoas a
menos: a taxa de civis mortos em
conflito com a PM caiu de 5,16 para 3,30 (por 100 mil habitantes).
Esse já é um resultado do fim da
chamada "gratificação faroeste",
que premiava os PMs por bravura
e pelos resultados de suas operações. A gratificação foi criada em
1995 e extinta em 1998.
Todos os dados estatísticos referentes a 1998, porém, estão sob
auditoria. A equipe técnica da secretaria de Segurança que entrou
no governo em 1999 mudou a metodologia de trabalho e desconfia
de que há erro de registro em
muitos boletins de 1998.
Os estupros também subiram
5,2% em relação a 1998, mas a secretaria atribui o número ao aumento das notificações. Os sequestros se mantiveram estáveis
(18 em cada ano). Houve redução
dos assaltos a bancos (21,9%) e
dos latrocínios (6,2%).
"Não podemos falar em termos
genéricos sobre aumento ou redução da violência. Se você olha
para os roubos, eles cresceram,
mas estamos comemorando a redução das mortes violentas", afirmou o coordenador da área de
Segurança do Estado, Luiz Eduardo Soares.
Soares avalia que o crescimento
de roubos na rua revela a intensificação de uma modalidade de
crime que ele chama de "desorganizado e pulverizado".
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