São Paulo, Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2000


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CRIMINALIDADE
Crescimento chega a 47,6%
Aumenta o número de roubos no Rio

da Sucursal do Rio

O Rio de Janeiro encerrou o ano de 1999 com um crescimento dos roubos (a pedestres, casas e ônibus) em relação a 1998 e com uma redução insignificante do número de mortes violentas.
Segundo as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública, divulgadas ontem, os roubos a casas cresceram 47,6% em relação a 1998; os roubos a transeuntes, 23,6%; os roubos em coletivos, 13,1%; e os roubos e furtos de veículos, 11%.
As mortes violentas intencionais (homicídios dolosos, encontros de cadáver e de ossada, infanticídio, mortes suspeitas, latrocínios e mortes em confronto com a PM) caíram de 58,98 por 100 mil habitantes para 58,21 por 100 mil habitantes (redução percentual de apenas 0,38%, de 8.043 para 8.012, uma diferença de 31 mortes violentas a menos).
Houve crescimento do número de homicídios (a taxa aumentou de 42,10 para 43,09 por 100 mil). A PM, porém, matou 250 pessoas a menos: a taxa de civis mortos em conflito com a PM caiu de 5,16 para 3,30 (por 100 mil habitantes).
Esse já é um resultado do fim da chamada "gratificação faroeste", que premiava os PMs por bravura e pelos resultados de suas operações. A gratificação foi criada em 1995 e extinta em 1998.
Todos os dados estatísticos referentes a 1998, porém, estão sob auditoria. A equipe técnica da secretaria de Segurança que entrou no governo em 1999 mudou a metodologia de trabalho e desconfia de que há erro de registro em muitos boletins de 1998.
Os estupros também subiram 5,2% em relação a 1998, mas a secretaria atribui o número ao aumento das notificações. Os sequestros se mantiveram estáveis (18 em cada ano). Houve redução dos assaltos a bancos (21,9%) e dos latrocínios (6,2%).
"Não podemos falar em termos genéricos sobre aumento ou redução da violência. Se você olha para os roubos, eles cresceram, mas estamos comemorando a redução das mortes violentas", afirmou o coordenador da área de Segurança do Estado, Luiz Eduardo Soares.
Soares avalia que o crescimento de roubos na rua revela a intensificação de uma modalidade de crime que ele chama de "desorganizado e pulverizado".



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