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MEDICAMENTOS
Cinco empresas serão notificadas pelo governo para justificar reajustes que teriam ultrapassado limite de 5,94%
Laboratórios terão de explicar reajustes
VALÉRIA DE OLIVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara de Medicamentos,
órgão criado pelo governo em dezembro de 2000 para acompanhar preços de remédios, vai notificar cinco laboratórios suspeitos
de praticarem reajustes acima do
índice de 5,94% nos 16 meses anteriores a dezembro de 2000.
O índice foi o máximo previsto
na medida provisória que estabeleceu o controle de preços de remédios até dezembro deste ano.
As empresas terão prazo de dez
dias para justificar os reajustes.
Se os argumentos não convencerem a Câmara de Medicamentos, os laboratórios poderão ser
multados em mais de R$ 3 milhões e também receber outras
punições, como a cassação de registros de produtos e interdição,
conforme estabelece o Código de
Defesa do Consumidor.
De acordo com a medida provisória, os laboratórios poderão aumentar os preços a partir do dia
15 deste mês após análise das planilha das empresas pela Câmara
de Medicamentos.
O órgão vai levar em consideração aumentos praticados nos 16
meses anteriores a dezembro de
2000, quando terminou o acordo
sobre preços feito entre governo e
empresários do setor.
Os cinco laboratórios que estão
na mira da fiscalização aumentaram preços acima do índice permitido, de acordo com o governo.
A Câmara de Medicamentos é
que vai julgar se os laboratórios
têm ou não razão e quais punições serão aplicadas pela eventual
infração.
O órgão é formado por conselhos de ministros e de técnicos
dos ministérios da Saúde, da Justiça e da Fazenda, além da Casa
Civil e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Revista
O governo detectou os reajustes
em pesquisa realizada pela Anvisa
e por meio de consulta a uma publicação distribuída às farmácias,
com os preços máximos ao consumidor de aproximadamente 11
mil remédios.
A revista com os preços reajustados acima do índice permitido
foi impressa dia 15 de dezembro.
A medida provisória do governo
foi editada no dia 19.
Segundo a direção da publicação, alguns donos de laboratórios
pediram para que os valores fossem modificados, mas a impressão já havia sido concluída.
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