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Para cursinhos, Unicamp teve questões exigentes no 1º dia
Questão de português abordou reforma ortográfica
RAFAEL SAMPAIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Vestibulandos encontraram
uma prova trabalhosa e exigente ontem, no primeiro dia da segunda fase da Unicamp, principalmente em biologia e nas
questões de gramática, segundo professores de cursinho ouvidos pela Folha.
"Foram cobrados muitos detalhes, como na questão 17 [em
que o aluno deveria explicar
que partes do olho participam
da formação da imagem]", afirma o professor de biologia do
Cursinho da Poli, Eduardo
Leão. No ano passado havia
mais chances de o aluno responder às perguntas interpretando os enunciados, diz ele.
Na parte de português, a surpresa foi uma questão sobre a
reforma ortográfica, que abordou a mudança no uso do acento agudo em "jiboia". "Não foi
uma pergunta simples, mas o
aluno que se preparou poderia
respondê-la", afirma Elizabeth
Massaranduba, professora de
português do Objetivo.
Nas seis questões de literatura cobradas no exame -metade da prova de português-,
predominou a interpretação de
enunciados que abordaram os
livros obrigatórios, afirma Célia Passoni, professora de português do Etapa. "É uma mudança em relação à tradição no
vestibular da Unicamp, em que
são cobrados mais os detalhes
das obras", diz ela.
"O candidato deve ter sentido dificuldade com o pequeno
espaço dado para preencher
cada resposta", afirma o coordenador de biologia do Etapa,
Angelo Antonio Pavone. Até o
ano passado, a Unicamp dava
um espaço maior para o aluno
responder às questões.
Hoje, os candidatos enfrentam 24 questões de história e
química, e amanhã serão cobradas perguntas de física e
geografia. Caiu em um ponto
percentual o índice de ausência
na segunda fase da Unicamp
deste ano -ficou em 6,29%
(1.062 candidatos ausentes),
contra 7,35% no ano passado.
Ao todo, 16.885 candidatos
haviam sido aprovados para esta etapa da Unicamp, concorrendo a 3.434 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois da Famerp (Faculdade de Medicina
de São José do Rio Preto).
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