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Desalojados procuram até ajuda psicológica
DA REPORTAGEM LOCAL
Há um mês, Adriana Azevedo chegou ao hotel com
roupa para três dias. Acreditava que logo voltaria para
casa. Agora, não quer mais
morar no prédio na rua Gilberto Sabino. Mas não sabe
para onde ir ou quando será
indenizada.
"Faz 30 dias que não temos nada oficial do consórcio. Estamos numa situação
de aguardo. Ansiosos por
uma resposta para direcionar o futuro", diz seu marido, Alex Azevedo.
A família tenta manter a
rotina. Aos 12, o filho, Vítor,
foi quem mais estranhou.
Antes ele dormia no seu próprio quarto, com a luz apagada. Agora, no hotel, prefere o
quarto dos pais e a luz acesa.
Para saber a dimensão do
choque sobre o adolescente,
procuraram um psicólogo.
Quando Daniela Amancio,
27, foi buscar seus pertences,
encontrou a casa infestada
de baratas. "Tinha uma viva
até na geladeira. Eu não sei
como ela entrou."
Inquilina, já começou a
procurar moradia, mas reclama por não ter chegado a
acordo sobre a indenização
por danos morais. "Quero
sair do hotel o mais rápido
possível. Você não tem privacidade", diz ela, que pretende ir a um psiquiatra.
"Preciso de calmantes, estou
mais estressada do que era."
Simone Rocha morava
com mais cinco parentes.
Depois do acidente, cada um
foi para um lado e ela vive
em um hotel. "A gente fica
sem perspectiva. Pelo que
estou vendo vai demorar. O
que pega mais é o emocional,
porque a família está separada", diz. A avó de 80 anos é
quem mais sente a mudança.
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