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Polícia acha bebida em carro de amigas mortas em acidente
No porta-malas, havia garrafas de cerveja vazias; amigos dizem que motorista do Siena tinha condições de dirigir
As sete garotas voltavam de uma festa em Mogi quando bateram em um caminhão; as duas que sobreviveram continuam hospitalizadas
FABIANO NUNES
DO "AGORA"
A Polícia Militar encontrou
um engradado com garrafas de
cerveja vazias no porta-malas
do veículo em que estavam cinco garotas mortas em um acidente no domingo.
O Fiat Siena em que elas estavam bateu em um caminhão
na estrada Joel Hermenegildo
Barbieri (conhecida como da
Pedreira) momentos após as
garotas saírem de uma festa de
aniversário em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo).
No carro havia sete mulheres
-com idades entre 17 e 28 anos.
Duas delas sobreviveram e estão hospitalizadas.
Segundo a polícia, o Siena
saiu do condomínio residencial
Aruã, por volta das 20h de domingo. A motorista era a agente
de viagens Liliane Assunção
Miguel, 28. Elas seguiam para
Santo André (ABC), onde três
das vítimas moravam.
O veículo bateu em um caminhão que vinha no sentido contrário. O motorista do caminhão, William Diego Silvério da
Silva, 21, disse à polícia que o
Siena veio na contramão em alta velocidade. Silva diz que trafegava a 60 km/h. O motorista
contou que freou, mas não conseguiu evitar o acidente. Silva
não se feriu.
O caminhão arrastou o Siena
por cerca de 20 metros, atravessou a pista e o jogou num
barranco. Liliane e as amigas
Narel Pereira de Moura, 17,
Jéssica de Santana Cancer, 22,
Suelen Silva Ferreira, 24, e Alexandra Machado, 27, morreram na hora.
Segundo uma amiga das vítimas, uma professora que pediu
para não ser identificada, Liliane saiu da festa em condições
de dirigir. "Era um churrasco
para comemorar o aniversário
de uma amiga. Todas estavam
em condições quando foram
embora. Acho que ela [Liliane]
pegou um caminho errado e se
confundiu", disse a professora.
Segundo a polícia, o carro
passou por perícia técnica. Foi
feito exame toxicológico na
motorista do Siena. O resultado
deve sair em 30 dias.
O caso foi registrado no 2º
Distrito Policial de Mogi das
Cruzes como homicídio culposo (sem intenção de matar) na
condução de veículo motor.
A prima de Narel, Tamires
Gomes Navarro, 18, foi uma das
sobreviventes. A outra é Jéssika Zopolato Mendes, 25.
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