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Prefeitura desocupa edifício Mercúrio, prepara demolição e planeja praça no local
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeitura concluiu ontem
a desocupação do edifício Mercúrio, no centro da cidade. O
Mercúrio e o edifício São Vito,
já desocupado, serão demolidos para a construção de uma
praça, como parte do projeto de
revitalização da região central.
O Mercúrio já foi desapropriado, mas um grupo de sem-teto invadiu o edifício novamente em dezembro. No mês
passado, a prefeitura conseguiu
um mandado judicial para a desocupação do prédio e cumpriu
a determinação ontem.
De acordo com o governo
municipal, eram 25 famílias de
inquilinos ou invasores que
ocupavam irregularmente os
apartamentos. Na desapropriação, os antigos proprietários receberam indenizações de R$ 25
mil a R$ 35 mil. Os inquilinos
ou invasores receberam R$
2.400, equivalente a cerca de
seis meses de aluguel na região.
Estudos da Secretaria Municipal de Habitação apontam
que a reforma dos prédios é inviável. Cada apartamento custaria até R$ 90 mil, sendo que
atualmente apartamentos populares não custam mais de R$
50 mil. Haveria ainda o custo de
manutenção do condomínio,
que não é barato em um prédio
de 30 andares com elevador.
A demolição também não vai
sair barata: R$ 9,3 milhões, ou o
suficiente para construir 186
apartamentos populares.
A licitação para a demolição
dos edifícios foi aberta pela
prefeitura, mas uma liminar da
14ª Vara da Fazenda Pública
suspendeu o processo no início
de dezembro a pedido da empresa Dial Demolições e Implosões, interessada no serviço. A
empresa aponta irregularidades no edital, como a não-exigência de um engenheiro de
minas responsável e a indefinição sobre a destinação do entulho resultante da demolição.
No local, será construída
uma praça de 5.400 m2.
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