São Paulo, sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

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Região da Paulista fica 5 horas sem energia

Rompimento de cabos subterrâneos causou apagão em trecho da avenida e de ruas no entorno, segundo a Eletropaulo

Trânsito ficou complicado com semáforos desligados e faculdade teve de suspender aulas; governo diz que Procon cobrará providências

ROGÉRIO PAGNAN
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL

Parte da avenida Paulista e de ruas do entorno -como Bela Cintra, Frei Caneca, Haddock Lobo e Campinas-, na região central de SP, ficaram sem energia elétrica ontem por mais de cinco horas. Há uma semana, uma série de miniapagões afetou vários bairros da capital.
O novo problema ocorreu, segundo a concessionária AES Eletropaulo, por volta das 17h com o rompimento de cabos da rede subterrânea. A empresa disse não saber explicar, até o fechamento desta edição, o que provocou o rompimento. Tinha colocado, porém, 50 homens para solucionar o problema.
O trânsito, normalmente complicado nesse horário, piorou ainda mais com os semáforos desligados. Às 21h30, o congestionamento superava 2 km. A universidade Anhembi Morumbi, na Paulista, suspendeu as aulas. Alguns bares na região funcionaram à luz de velas.
"As garrafas estão no gelo. Não posso servir chope, café nem suco", disse o gerente Marcos Henrique, 40, que estimou uma redução em 40% do faturamento do bar na Augusta com a rua Antônio Carlos.
Na semana passada, devido a fortes chuvas, partes de ao menos 16 bairros -como Perdizes, Santana e Pinheiros- ficaram sem luz por mais de 24 horas.
Nesse caso, a empresa alegou que suas equipes tiveram problemas para conseguir chegar em alguns pontos em razão de alagamentos e trânsito lento.
Afirmou ainda que algumas árvores que caíram sobre a rede demoraram a ser retiradas por prefeitura e bombeiros.
Nesse primeiro incidente, o governo de São Paulo ameaçou multar a empresa. Ontem, voltou a se manifestar. "É lamentável que os cidadãos paulistanos tenham que passar por uma situação de falta de energia elétrica de novo. Desta vez, parece que não tem conexão com a chuva. Então, a Eletropaulo deve novas explicações", disse o secretário da Justiça, Luiz Antonio Marrey, em nota.
De acordo com ele, o Procon-SP vai cobrar providências. A Eletropaulo não se manifestou.
A professora Estela Rocha, que mora num prédio na esquina da Paulista com a Haddock Lobo, diz ter pensado se tratar de outro apagão no país todo. "Da varanda dava para ver tudo escuro, até próximo ao shopping Paulista", conta.


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