São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2011

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Nos Jardins, lixo reciclável acumula à espera de coleta

Moradores dizem que problema é recorrente há quatro meses; Loga diz que foi pontual e já está solucionado

CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

A coleta de lixo reciclável na região dos Jardins (zona oeste de São Paulo) tem sofrido atrasos nas últimas semanas, gerando transtornos para os prédios e moradores.
No caso de um prédio da alameda Padre João Manoel, o lixo já não é recolhido há quase duas semanas.
Ele foi colocado na calçada, no contêiner da prefeitura, no dia da coleta, um domingo. O caminhão da Loga, empresa que faz o serviço na região, não passou para recolher e o lixo continuou na rua até segunda, quando voltou para a garagem do prédio.
E lá está desde então, lotado. "Como encheu, a gente mistura o lixo reciclável com o comum, porque não cabe mais e não dá para acumular", diz Ginaldo Santos, 33, faxineiro do prédio.
Segundo ele, há quatro meses o problema é recorrente, com falhas ocorrendo praticamente a cada 15 dias. "A gente faz nossa parte para ajudar a todos e ao planeta, e eles só recolhem quando querem." O prédio tem 31 apartamentos e todos colaboram com a coleta seletiva.
Cabe à prefeitura, por meio da Limpurb, fiscalizar a coleta. A Loga disse que foi um problema pontual e já solucionado. A prefeitura diz que abriu procedimento para multá-la (leia texto ao lado).
Na alameda Santos, a poucos metros dali, o problema é idêntico. Um dos prédios já não tem onde pôr tanto lixo e acaba misturando ao comum. A Folha viu vários contêineres cheios às 18h de domingo, na região.
Um prédio vizinho, acima de uma loja do Pão de Açúcar e que sofria o mesmo problema, resolveu fazer um acordo com o supermercado para que seu lixo fosse reciclado com o das mercadorias, que são coletadas por uma empresa de particular, paga pelo mercado.
"Às segundas-feiras o lixo continuava na rua e tínhamos que levar pra dentro e esperar a semana inteira. Agora resolvemos", diz o porteiro Francisco Alves, 38.
Na Haddock Lobo, em um prédio próximo à alameda Lorena, a coleta dos recicláveis não é feita desde terça-feira da semana retrasada, segundo o zelador Pedro Araújo, 51. "Eles vêm quando querem", reclama.


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