São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2011 |
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HELENA TRIGO LESER (1910-2011) Ela manteve a crença na religião ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO Numa igreja presbiteriana do Brás, no centro de SP, Helena Trigo conheceu o homem que seria seu marido, Walter Leser. As famílias dos dois eram muito religiosas. O casamento foi na década de 30. Com o passar dos anos, porém, Walter, dono do registro nº 4 no Conselho Regional de Medicina de SP, virou ateu. Helena, ao contrário, manteve-se firme em suas crenças. Continuou frequentando a igreja e contribuindo financeiramente. Segundo a família, foi ela quem segurou a casa para que Walter conseguisse se dedicar à carreira de médico. Ele se tornou um dos mais respeitados nomes da medicina preventiva do país. Nos anos 60 e 70, foi secretário da Saúde de SP por duas vezes e ajudou a erradicar a varíola e a meningite no Estado. Também deu aulas na Unifesp e foi um dos fundadores do laboratório Fleury. Os filhos dizem nunca ter visto nem uma briga sequer entre o casal. Eram muito unidos. Paulistana, Helena era filha de um ferroviário e de uma dona de casa. Fez curso normal e formou-se professora, mas exerceu a função por pouco tempo. Muito prendada, cozinhava bem (seu cuscuz era um sucesso na família), tinha grande talento para o tricô e adorava plantas -em São Paulo, frequentou um clube de jardinagem e praticava a atividade no sítio da família. Na opinião dos filhos, ela teve uma vida completa. Nos últimos tempos, devido à idade avançada, não reconhecia mais os filhos. Viúva desde 2004, Helena morreu na sexta-feira (4), aos cem anos. Teve três filhos, cinco netos e seis bisnetos. coluna.obituario@uol.com.br Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Foco: Na onda de calor, restaurante chique ainda proíbe bermuda Índice | Comunicar Erros |
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