São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2011

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Madrugada está quase 3C mais quente

Temperatura mínima, registrada uma hora antes de o Sol nascer, costuma ser 18,8°C, mas está em 21,7°C

A presença constante de massas de ar quentes e úmidas explica o tempo abafado, de acordo com os meteorologistas

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

Depois de janeiro, a mesma toada segue em fevereiro.
A capital paulista continua tendo madrugadas quentes, com temperaturas mínimas bem acima da média, de acordo com o que os termômetros do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) registram em Santana (zona norte de São Paulo).
Normalmente, neste mês, a média das temperaturas mínimas, que costumam ser registradas na alta madrugada, uma hora antes de o Sol nascer, é 18,8°C.
Nestes dez primeiros dias do mês, entretanto, a média está em 21,7°C -2,9°C acima da marca histórica.
A presença constante de massas de ar quentes e úmidas explica o tempo abafado, dizem os meteorologistas. E, também, o grande desconforto para dormir.
As temperaturas máximas, registradas normalmente à tarde, também estão com um comportamento anormal neste mês.
A média até agora está em 30,4°C, o que representa 2,4°C acima do normal.
Em janeiro, quando noites quentes e abafadas também foram constantes, a média para o mês ficou em 20,4°C na capital. A série histórica, iniciada em 1943, mostra a marca de 18,6°C.
De acordo com os dados do Inmet, o mês de janeiro bateu alguns recordes históricos no quesito calor, dentro do Estado de São Paulo.
As cidades de Guarulhos (Grande SP) e Sorocaba (99 km de SP) nunca tiveram madrugadas seguidas tão quentes, pelo menos desde o início dos registros, em 1943.
Na vizinha da capital, a média das temperaturas mínimas foi de 20,3°C. No interior, em Sorocaba, o valor aferido pelos termômetros é o de 21°C.
A média registrada na cidade de São Paulo (20,4°C) também é histórica. Ela aparece em primeiro lugar da lista, mas não de forma isolada. A mesma temperatura média havia sido registrada em janeiro de 1988.
Fora o calor, as chuvas também bateram recordes no Estado de São Paulo em janeiro, diz o Inmet.
Na capital nunca havia chovido tanto em janeiro desde os anos 40. O volume de chuvas, mesmo na comparação com outros meses, só não foi maior que o registrado em março de 2006.


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