|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Alckmin estuda mudar nome da fundação
FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL
A equipe do governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, planeja
dar um novo nome para a Febem
(Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor). A idéia é dissociar
da entidade -e do governo estadual- a carga negativa que a sigla carrega por causa das constantes fugas e rebeliões.
Cotado no PSDB para disputar
a sucessão presidencial contra o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006, Alckmin afirmou nas últimas semanas a interlocutores que a fundação precisa
de um nome que esteja de acordo
com sua nova filosofia.
O governador e seus assessores
acreditam que as rebeliões ocorridas neste ano são conseqüência
da reformulação da entidade,
principalmente após a demissão
dos antigos funcionários.
Febens de outros Estados do
país já mudaram seus nomes.
Mesmo em São Paulo a idéia não é
nova, apesar de nunca ter sido implantada. Discute-se a mudança
desde a gestão do governador
Mário Covas (falecido em 2001),
quando foram formuladas as diretrizes agora implantadas pelo
secretário da Justiça, Alexandre
de Moraes (PFL), que acumula o
cargo de presidente da entidade.
Ele tem apoio irrestrito do governador em seu plano de combater os feudos criados por antigos
funcionários e incentivar a participação das mães na ressocialização dos internos, com visitas diárias à instituição. Mas sua estratégia já divide opiniões dentro do
governo estadual.
Ao assumir a Febem em agosto
de 2004, Moraes foi progressivamente afastando funcionários administrativos ligados ao PSDB
-e colocando pessoas de sua
confiança.
Hoje, esses tucanos começam a
reclamar com assessores do governador. Argumentando que o
pefelista perdeu o pé da situação e
que as seguidas rebeliões podem
prejudicar seu desempenho eleitoral no ano que vem, fazem pressão para que Alckmin afaste Moraes da Febem.
O governador, no entanto, continua apostando no secretário.
Deu-lhe um prazo para apaziguar
a instituição até o final do ano.
Mas a depender da repercussão
das rebeliões, acreditam tucanos,
ele pode encurtar o prazo.
Texto Anterior: Outro lado: Rebeliões não impedem mudanças na instituição, afirma presidente Próximo Texto: Juventude encarcerada: Foragidos são os mais perigosos Índice
|