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"Não esperava outra atitude"
DA REDAÇÃO
O presidente da Associação do
Orgulho GLBT de São Paulo, Nelson Matias Pereira, disse ontem
que o veto à criação do curso destinado a orientar policiais militares no tratamento com gays, lésbicas e travestis foi previsível. "Eu
não esperava outra atitude da PM.
Eles vêm com desculpas evasivas
como essa de que existe treinamento para lidar com minorias."
Segundo ele, há "inúmeros casos" de desrespeito de policiais,
sobretudo a travestis. "Se você levantar boletins de ocorrência registrados por travestis, verá que a
violência policial é absurda. Apesar de estarem fardados, eles são
cidadãos que demonstram homofobia", afirmou o presidente
da Associação GLBT, que promove a Parada Gay de São Paulo.
Para o coronel reformado da
PM José Vicente da Silva Filho, a
polícia precisa se adaptar às necessidades da sociedade. "Essas
questões de minorias, inclusive a
questão sexual, podem ser incluídas em debates na polícia. Não vejo necessidade de um curso específico, mas [o assunto] pode fazer
parte da reciclagem policial."
Especialista em segurança, Silva
Filho cita como exemplo positivo
de inclusão a polícia dos EUA.
"Eles contratam negros para trabalhar no Harlem [bairro de Nova
York com predominância negra],
gays para lidar com gays e latinos
para lidar com latinos."
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