São Paulo, sábado, 12 de março de 2011

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Atropelador de ciclistas é mandado para prisão comum

Ele estava preso em hospital psiquiátrico por suposto risco de suicídio, mas juíza rejeitou diagnóstico de depressão

Justiça gaúcha também negou pedido liminar de habeas corpus para libertar servidor, que atropelou ao menos 16


RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO

O servidor público Ricardo Neis, 47, que atropelou e feriu pelo menos 16 ciclistas em Porto Alegre no dia 25 de fevereiro, deixou ontem o hospital psiquiátrico em que estava preso e foi transferido para uma cadeia comum, após a Justiça concluir que ele não sofre de depressão.
Com isso, Neis agora cumpre prisão preventiva no Presídio Central da cidade.
Ontem, a Justiça gaúcha também negou um pedido liminar de habeas corpus para libertar o servidor público.
Um primeiro exame, feito pelo próprio hospital em que Neis estava, havia diagnosticado depressão profunda e risco de suicídio.
Ontem, citando novo exame, a juíza Rosane Michels, da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, disse que "o quadro depressivo, com risco de suicídio, e a necessidade de atendimento médico especializado, em unidade psiquiátrica fechada, sob cuidado e vigilância contínuos, [...] não foram constatados pelo perito médico avaliador".
Os exames anteriores foram rejeitados pela juíza.
O advogado de Neis, Jair Jonco, disse que não vai recorrer das decisões judiciais de ontem.
O atropelamento ocorreu durante manifestação do movimento de ciclistas Massa Crítica. Vídeos feitos pelos manifestantes mostram o momento em que o carro de Neis avança em velocidade sobre o grupo.

RELATÓRIO
O delegado responsável pelo caso, Gilberto Montenegro, afirmou que enviou anteontem à Justiça o relatório da Polícia Civil em que Neis é indiciado sob suspeita de tentativa de homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil e sem chance de defesa para as vítimas).
O desembargador Odoné Sanguiné, do Tribunal de Justiça gaúcho, negou o pedido liminar de liberdade sob o argumento de que não há justificativa para o fim imediato da prisão de Neis. O mérito do pedido de habeas corpus ainda será analisado.


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