São Paulo, sexta-feira, 12 de abril de 2002

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"Problema sempre existiu na igreja"

FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

"A pedofilia na Igreja sempre existiu". A frase é do sociólogo Luiz Alberto de Souza, 66, diretor-executivo do Ceris (Centro de Estatísticas Religiosas e Investigação Social), entidade ligada à Igreja Católica, sem se assustar com a prisão de um padre em Sorocaba, acusado de pedofilia.
"A igreja precisa começar a discutir as novas realidades da sociedade: uma nova sociedade erotizada e as influências sobre os integrantes da igreja, para começar a discutir formas de evitar casos como esses", disse o pesquisador.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil reconhece o problema, mas não deve entrar na discussão. Prefere execrar os suspeitos caso seja provado o crime.
"Infelizmente um ou outro padre pode se deixar envolver nessa erotização, mas não se pode aceitar isso", disse dom Antônio Celso de Queiroz, 69, de Catanduva (SP). Para o bispo de Vacaria (RS), Orlando Dotti, 71, o problema da pedofilia está na falta de maturidade sexual dos padres. "Isso não é um fenômeno dos interno da igreja. É um fenômeno do mundo moderno em que os padres estão envolvidos", disse.



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