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"Problema sempre existiu na igreja"
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
"A pedofilia na Igreja sempre
existiu". A frase é do sociólogo
Luiz Alberto de Souza, 66, diretor-executivo do Ceris (Centro de Estatísticas Religiosas e Investigação
Social), entidade ligada à Igreja
Católica, sem se assustar com a
prisão de um padre em Sorocaba,
acusado de pedofilia.
"A igreja precisa começar a discutir as novas realidades da sociedade: uma nova sociedade erotizada e as influências sobre os integrantes da igreja, para começar a
discutir formas de evitar casos como esses", disse o pesquisador.
A Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil reconhece o problema, mas não deve entrar na
discussão. Prefere execrar os suspeitos caso seja provado o crime.
"Infelizmente um ou outro padre pode se deixar envolver nessa
erotização, mas não se pode aceitar isso", disse dom Antônio Celso de Queiroz, 69, de Catanduva
(SP). Para o bispo de Vacaria
(RS), Orlando Dotti, 71, o problema da pedofilia está na falta de
maturidade sexual dos padres.
"Isso não é um fenômeno dos interno da igreja. É um fenômeno
do mundo moderno em que os padres estão envolvidos", disse.
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